Fertilizante mineral brasileiro à base de sulfato de cálcio desperta interesse de produtores do Paraguai

A única reserva de sulfato de cálcio do Sul do Brasil está localizada em Imbituba, no litoral de Santa Catarina. Co-produto da classe dos fertilizantes fosfatados, é amplamente utilizado como fornecedor de cálcio e enxofre para a adubação e atua como condicionador de solo.

Testado nas lavouras do Brasil, o SulfaCal – primeiro fertilizante mineral à base de sulfato de cálcio, com alta concentração de cálcio e enxofre solúveis – obteve excelentes resultados na melhora da qualidade do solo ou ampliando a produtividade de diferentes culturas.

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Atenta à realidade do agronegócio, a SulGesso / MaxiSolo decidiu ampliar suas operações e levar seus produtos para novos mercados, além das fronteiras brasileiras. A primeira aplicação comercial no exterior do fertilizante mineral granulado e do condicionador de solos SulfaSec (antigo GessoFer) ocorreu em 250 hectares, em uma das sete fazendas de um dos maiores produtores de soja do Paraguai, que tem mais de 16 mil hectares plantados. O país, atualmente, é o quinto maior exportador do grão do planeta, com produção de 9,9 milhões de toneladas de soja na safra 2020/21, segundo dados do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).

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O diretor de negócio, Marcelo Augusto Gioscia Fortunato, conta que o primeiro contato com o país vizinho ocorreu em 2014, quando foram realizados ensaios no Centro de Experimentos Agropecuários (Cetapar) do Paraguai. “Os resultados foram muito bons, estamos entendendo a necessidade do solo de lá e, além disso, os nossos produtos também respondem muito bem ao plantio direto e aos períodos de veranico, que são uma realidade no Paraguai. É o nosso primeiro modelo de expansão para fora do Brasil e tem tudo para dar certo”, explicou.

Morador no país vizinho desde 1968, o representante comercial Edu Basegio diz que o sistema de plantio direto está consolidado e os produtores rurais são adeptos das novas tecnologias. “O Paraguai adotou a tecnologia, já são 35 anos de plantio direto consolidado, desde os anos 80. A produtividade é boa porque as terras não foram degradadas e, com um solo conservado e fortificado, automaticamente, você terá uma produção melhor”, afirma o proprietário da empresa que fez a importação do fertilizante mineral.

“São produtos com uma matéria-prima diferenciada, agregados a uma tecnologia e ainda granulados. Esse aporte extra de enxofre e cálcio, que serão levados a camadas mais profundas, atende muito a necessidade do solo daqui”, detalhou.

O especialista em solos Eduardo Silva e Silva revela que os produtos são eficientes nos diferentes tipos de solo. “Eles resultam em maior profundidade da raiz, descompactação do solo, em uma planta mais vigorosa e, consequentemente, numa maior produtividade. Podemos dizer que onde há lavouras, eles podem ser aplicados”, resume.

A produção paraguaia de soja cresceu 42% na última década, segundo o USDA, em parte devido à ação de brasileiros que foram plantar no país e são conhecidos como “brasiguaios”.

“Estamos abertos à expansão até mesmo no Brasil, já que o nosso forte, hoje, são os estados do Sul. No Mato Grosso do Sul, por exemplo, temos clientes que usam o nosso produto e estão colhendo excelentes resultados. A tendência é procurarmos novas frentes, em outras regiões do Brasil e do mundo”, finalizou Fortunato.

Fonte: AgroUrbano

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