Aviões podem ser usados para combater nuvem de gafanhotos no Brasil

Julio Huber

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Com a aproximação de uma nuvem com dezenas de milhões de gafanhotos devoradores ao Brasil, especialistas da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) estão monitorando a aproximação dos insetos e já buscam formas de combater os insetos.

Uma das alternativas, segundo informou ao Portal da Revista Negócio Rural o pesquisador da Embrapa Clima Temperado, Dori Edson Nava, é o uso de aviões pulverizadores para lançar inseticidas na nuvem dos insetos. “Para isso, dependemos de um decreto de emergência fitosanitária, que pode ser solicitado pelo Ministério da Agricultura. O decreto pode autorizar o uso de produtos e definir os meios de aplicações”, informou.

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O pesquisador explicou que para que seja feita uma aplicação de pesticida, é preciso planejamento, pois os insetos podem pousar em uma floresta e ocupar uma grande área, por isso o uso de avião pode ser o mais viável.

Dori destacou que a nuvem de gafanhotos devoradores chegou a 100 quilômetros de distância da fronteira com o Brasil, o que deixa as autoridades brasileiras em alerta, já que eles podem voar até 150 quilômetros por dia.

Veja abaixo um vídeo feito na Argentina, que mostra a passagem dos gafanhotos por uma estrada.

A informação é de que nesta quarta-feira (24) os insetos estão na região norte da província argentina de Santa Fé, próximo a Corientes e Missiones, cidades que fazem fronteiras com municípios gaúchos. “Estamos monitorando e não podemos dizer que não teremos problemas no Brasil, mas os ventos podem fazer com que a nuvem seja levada em direção ao Uruguai, o que também não elimina a entrada dos gafanhotos na região Sul do Brasil”, informou o pesquisador.

A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, informou, na noite desta terça-feira (23), que a pasta segue monitorando o deslocamento da nuvem de gafanhotos. Um alerta já foi emitido para as superintendências federais de agricultura e aos órgãos estaduais de defesa agropecuária para que sejam tomadas as medidas cabíveis de monitoramento e orientação aos agricultores da região, em especial no estado do Rio Grande do Sul.

“Montamos um plano de monitoramento para acompanhar o deslocamento dessa nuvem de gafanhotos. Esperamos que eles não cheguem ao Brasil, mas já tem um grupo de acompanhamento analisando todas as ações que podem ser tomadas”, informou a ministra Tereza Cristina.

Segundo a Coordenação-Geral de Proteção de Plantas do Ministério da Agricultura, as autoridades fitossanitárias brasileiras estão em permanente contato com os argentinos, bolivianos e paraguaios, por meio do Grupo Técnico de Gafanhotos do Comitê de Sanidade Vegetal (Cosave). Isso contribui com o monitoramento sobre o deslocamento dos insetos em direção ao Brasil.

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