Cientista da Embrapa está entre os 100 mil mais influentes do mundo

Este é o segundo ano consecutivo que ele tem o nome no ranking dos melhores

O pesquisador Dario Grattapaglia, da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, foi indicado, pelo segundo ano consecutivo, um dos 100 mil cientistas mais influentes no mundo. A lista com a nominata dos melhores é resultado de um estudo da  equipe do Meta-Research Innovation Center, do Departamento de Medicina da Universidade de Stanford (Estados Unidos), liderada por John Ioannidis. 

Os nomes e a métrica utilizada para fazer o ranqueamento dos cientistas foram  divulgados recentemente em um artigo do Journal PLOS Biology, com a descrição detalhada do impacto do trabalho desses homens e mulheres de diferentes partes do mundos em todas as áreas científicas, com base no banco de dados de Stanford (disponível ao público). 

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“Esse banco de dados visa fornecer informações padronizadas sobre o número de citações, índice H (métrica amplamente utilizada em todo o mundo para quantificar a produtividade e o impacto de cientistas baseando-se nos seus artigos mais citados), índice H ajustado para coautoria, citações de artigos em diferentes posições de autoria e um indicador composto de impacto que leva em consideração todas estas métricas, procurando assim remover alguns dos vieses associados com elas”, explica Grattapaglia.

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Dessa forma, o grupo de Stanford apresenta a lista dos 100 mil cientistas de maior impacto – seja ao longo da carreira, com data inicial em 1996 até o ano de 2019, bem como no único ano de 2019. Os pesquisadores são classificados em 22 áreas científicas e 176 subáreas.  São fornecidas métricas com e sem autocitações e proporção de citações para artigos citados. Além disso, há também uma lista expandida de 159.683 nomes, ou seja, incluindo outros  59.983 nomes de cientistas que não entraram na lista dos 100 mil, mas que estão nos 2% do topo mundial de sua respectiva área. “O interessante deste estudo é que levam em consideração vários aspectos para o ranqueamento e isso é um exemplo para os jovens cientistas quanto a importância de referências quantitativas e qualitativas”, diz o pesquisador ao enfatizar que deve haver atenção à contribuição científica dos impactos gerados pela pesquisa à sociedade. 

Dos cientistas que aparecem na lista de toda a carreira (considerando os últimos 24 anos, ou de 1996 a 2019), há cinco nomes da Embrapa entre os 100 mil: Nand Kumar Fageria, Robert Michael Boddey, Johanna Döbereiner (in memoria), Dario  Grattapaglia e Henriette Monteiro Cordeiro.

RECONHECIMENTO – Dario Grattapaglia é responsável pelo sequenciamento do genoma do eucalipto, um dos resultados de grande impacto da sua produção científica à sociedade, além de outros trabalhos com reconhecimento nacional e internacional. Na Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia desde 1994, ele atua nos campos da genética, genômica e melhoramento de plantas, com particular ênfase em espécies perenes florestais e frutíferas. Além disso, trabalha no desenvolvimento e aplicações de tecnologias genômicas na solução de problemas no melhoramento e conservação de recursos genéticos de plantas e animais. “É um orgulho para a Embrapa e para o nosso Centro ter um pesquisador como Dario”, diz a chefe geral da Unidade, Cléria Inglis.

Com forte atuação em diversos processos tecnológicos e conhecimentos nessas áreas, ele tem contribuído para o desenvolvimento no setor produtivo de base florestal do Brasil. Grattapaglia liderou um dos mais importantes trabalhos de pesquisa na área florestal: a co-liderança do projeto internacional do genoma completo do eucalipto (Eucalyptus grandis) em 2011, que resultou no genoma completo da árvore brasileira BRASUZ1 (Brazil Suzano S1) de Eucalyptus grandis publicado na revista Nature em 2014.

O eucalipto é uma espécie de grande importância para a economia brasileira, base da indústria florestal de celulose, papel, aço e produtos de madeira. Graças à expertise obtida nessa pesquisa, foi possível chegar ao sequenciamento completo do genoma do eucalipto (2014). Nesse projeto participaram da liderança do projeto outros dois cientistas da África do Sul e Estados Unidos e outros 50 pesquisadores de mais de 18 países. 

Engenheiro florestal pela Universidade de Brasília (UnB) em 1985, Grattapaglia foi contratado como pesquisador pela Bioplanta em Campinas onde trabalhou até 1990. Naquela empresa desenvolveu procedimentos de micropropagação e atuou em projetos de melhoramento. Ainda nos anos 1990 começou doutoramento na North Carolina State University com uma bolsa CAPES. Titulou-se Ph.D em genética com dupla titulação em ciências florestais (1994) com nota máxima (Grade Point Average 4.0) e foi convidado para a sociedade de honra acadêmica Phi Kappa Phi. Ao retornar ao Brasil ele ingressou na Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia onde atua até hoje. 

Fonte: Embrapa

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