Cresce o número de fazendas de soja certificada no Brasil

De norte a sul, de leste a oeste, é assim que a Round Table on Responsible Soy Association (RTRS), a Associação de Soja Responsável, enxerga o Brasil e o seu enorme potencial como um dos grandes players da soja certificada. O país é o responsável por 83% da produção mundial e a certificação já está presente em todas as cinco regiões do país.

Um passeio pelo mapa permite uma visão macro da soja certificada, e traz um cenário consolidado em 2020, com produção total de aproximadamente 3,7 milhões de toneladas. Nem a crise mundial do coronavírus conseguiu frear o crescimento do setor e, em 2021, também apresenta perspectivas animadoras.

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“A consolidação do selo RTRS já é uma realidade no Brasil, produtores das cinco regiões do país confiam em todos os processos que envolvem a certificação e já colhem bons frutos. As previsões para 2021 confirmam a tendência de alta. A soja certificada RTRS ganha cada vez mais adeptos porque processadores e produtores de alimentos contam com a segurança nos processos ao adquirirem os produtos de soja”, afirma o consultor externo RTRS no Brasil, Cid Sanches.

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DO OIAPOQUE AO CHUÍ – A produção de soja certificada vem dando saltos significativos de desenvolvimento no Brasil e esse raio-x do mapa brasileiro comprova essa tese. A região de MT/RO/PA (Mato Grosso, Rondônia e Pará) é, sem dúvidas, o grande produtor de soja certificada do país, possuindo 89 propriedades com o selo RTRS, com capacidade de produção estimada em 1,7 milhão de toneladas do grão. 

O famoso corredor MATOPIBA (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia) se consolida cada vez mais com protagonismo na produção nacional de soja certificada RTRS; a região conta com 65 propriedades e uma colheita anual na casa de 1,4 milhão de toneladas. Outra região que surge com forte presença do grão certificado é MS/GO (Mato Grosso do Sul e Goiás) que possui 54 fazendas com o selo RTRS e responde por uma produção estimada em 363 mil toneladas.

A parte sul do Brasil já surge também como uma importante localidade na produção de soja RTRS. Na região PR/SC/RS (Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul) há 22 fazendas com produção ativa do grão responsável, contabilizando cerca de 28 mil toneladas. Subindo no mapa, está a região de SP/MG (São Paulo e Minas Gerais) com cinco propriedades e produção aproximada de 22 mil toneladas.

Nas fazendas certificadas, 785.830 hectares trabalham em sistema de plantio direto (73% da área total plantada), e 342.072 ha com algum sistema de rotação de lavouras no verão (32% da área total plantada), a maioria deles está no sistema com algodão. E ainda, nas propriedades com selo RTRS estão 39 fazendas em sistema de integração lavoura-pecuária (16,6%).

IMPACTOS SOCIAIS – As certificações trazem consigo não somente avanços de boas práticas agrícolas, mas também significativos impactos sociais. Segundo dados internos da RTRS do ano de 2020, mais de 10 mil funcionários diretos e mais 25 mil funcionários indiretos estão nas fazendas certificadas RTRS, com 60 horas de sessão de treinamento por funcionário anualmente, o que significa mais 600 mil horas de sessões de treinamento. Respeito aos direitos trabalhistas, levando segurança e qualidade de vida aos colaboradores de fazendas certificadas.

Além disso, outro pilar importante de impacto social diz respeito às comunidades nas margens das propriedades certificadas RTRS. Durante as rigorosas etapas da certificação, são verificados se existem canais disponíveis para comunicação e diálogo com a comunidade local sobre temas relacionados às atividades da fazenda produtora de soja e seus impactos. Ainda são verificadas evidências documentais da existência e uso desses canais. A certificação é um dos caminhos harmoniosos entre a produção em larga escala e o bom funcionamento de todo um ecossistema social.

Assim, o Brasil mostra seu protagonismo e vanguarda na condução de um movimento global que busca conciliar a produção agropecuária com sustentabilidade. É possível produzir em larga escala, respeitando o meio ambiente, os direitos humanos e as necessidades das comunidades ao redor das fazendas.

Fonte: RTRS

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