Cultivo sem solo no Brasil tem apoio de legislativo gaúcho
Foto: Celso Bender
Segurança alimentar, preservação de recursos naturais, otimização de espaços para cultivo e qualificação profissional foram temas destacados na manhã de ontem (7), na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul. O deputado Issur Koch (PP), junto da Plataforma Hidroponia, lançou a Frente Parlamentar em Apoio ao Cultivo Sem Solo – Hidroponia no RS, política inédita no Brasil e que contou com assinatura de mais 27 deputados estaduais.
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O propósito é ampliar a cooperação técnica entre a iniciativa privada e o setor público, difundindo conhecimento sobre o setor e, consequentemente, capacitando produtores, fornecedores e a própria sociedade. “Sei que a hidroponia representa mais do que uma alternativa moderna de cultivo. Ela é um catalisador para o aumento da eficiência agrícola, a conservação dos recursos naturais e a segurança alimentar”, pontuou o parlamentar.
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Idealizadora da frente de trabalho, a Plataforma Hidroponia é uma base de negócios dedicada a unir os agentes da cadeia hidropônica e, a partir do apoio de consultores com experiência no cultivo sem solo, gerar conteúdo informativo sobre a área.
Seu CEO, Roberto Luis Lange, destacou que o apoio do parlamento permitirá a produção de ações perenes. “O segmento do cultivo sem solo sempre questionou a sua importância e o seu reconhecimento no ambiente público. Hoje, temos a resposta. Fomos acolhidos e a porta que se abriu é na Casa de Leis dos gaúchos. Esse será um ambiente para diferentes ações, com todos agregando forças em favor da segurança alimentar da sociedade” disse.
Tanto Lange quanto Koch ressaltaram que a formulação da frente servirá de exemplo para todo o Brasil, podendo ser replicada nos demais estados brasileiros. Na solenidade, os atributos do cultivo sem solo foram citados por pesquisadores da área, como o coordenador do LabHidro – Laboratório de Hidroponia da Universidade Federal de Santa Catarina, Jorge Luiz Barcelos Oliveira; o diretor da consultoria Hidroponic, Adriano Delazeri e o presidente da Ansub – Associação Nacional de Substratos para Plantas, Claudimar Sidnei Fior. O deputado Sergio Peres (Republicanos), além de representantes de entidades e fornecedores, produtores e acadêmicos do setor hidropônico, também prestigiaram o evento.
HIDROPONIA NO BRASIL – De acordo com o Anuário Brasil Hidroponia, a estimativa é de que a área ocupada com estufas hidropônicas cresça cerca de 30% ao ano no país. Dentre as vantagens, destaca-se o baixo consumo de água, que pode ser até 95% menor do que na agricultura convencional, dependendo do manejo.
As culturas mais difundidas nessa técnica são de folhosas e tomate, mas produtores também cultivam hortaliças, vegetais, frutos, flores, mudas de arbóreas e forrageiras para alimentação animal. No sul do Brasil, onde a maior dificuldade são as baixas temperaturas, o cultivo sem solo ganha espaço principalmente porque o plantio fica protegido das variações climáticas como chuva, geada e vento.
Texto: Laura Schommer
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