Dez unidades produtoras de carne de aves e suínos são paralisadas no Rio Grande do Sul

Foto: Divulgação

Julio Huber

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Responsável pela produção de 11% da produção de carne de frango e 19,8% da produção de suínos do Brasil, o Rio Grande do Sul enfrenta a pior enchente da sua história. Do total de 497 municípios gaúchos, 364 foram severamente afetados pelas chuvas.

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Segundo levantamentos da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), dez unidades produtoras de carne de aves e de suínos estão paralisadas ou com dificuldades extremas de operar pela impossibilidade de processar insumos ou de transportar colaboradores.

No Estado, até as 12h de hoje, 83 pessoas haviam morrido em consequência das fortes chuvas que atingiram o Estado nos últimos dias. Há 111 desaparecidos, quatro óbitos em investigação e 291 feridos. Ao todo, 20.070 pessoas estão em abrigos e 129.275 desalojados. O aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre, está fechado totalmente sem previsão de reabertura.

A ABPA divulgou uma nota conjuntural, juntamente com seus associados e em apoio à Associação Gaúcha de Avicultura (ASGAV) e ao Sindicato das Indústrias Produtoras de Produtos Suínos do Rio Grande do Sul (SIPS). A entidade afirma que está monitorando o quadro da avicultura e da suinocultura do Estado, após os trágicos acontecimentos em curso desde a semana passada.

As carnes produzidas no Rio Grande do Sul são direcionadas para consumo nas gôndolas do próprio estado e para a exportação. “Com a inviabilização temporária de núcleos que representam a maior parte da produção de carne de frango e grande parte da carne suína do estado, há temor de que, além dos problemas já vivenciados hoje, a população gaúcha deverá enfrentar desabastecimento de produtos até a retomada do sistema de produção – o que poderá demorar mais de 30 dias”, informou a ABPA em sua nota.

Na manhã de hoje (06), o Conselho Diretivo da ABPA realizou uma reunião virtual para o mapeamento de medidas de apoio ao enfrentamento da crise.  “As ações a serem adotadas estão em estudo – o foco de todos, neste momento, está no apoio às vítimas”, informou.

“A prioridade, neste momento, é salvar vidas e permitir o necessário à sobrevivência daqueles que foram mais impactos e perderam tudo neste momento – entre colaboradores do setor, há relatos de perdas de todos os bens para as cheias. Também está na prioridade a alimentação dos animais que estão no campo. Núcleos de produção enfrentam não apenas perdas estruturais, mas também itens básicos como água, luz e telecomunicações”, finaliza a nota da entidade nacional.

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