Entrevista com o candidato ao governo do Espírito Santo, Capitão Souza
Julio Huber
O jornal O Noticiário, em parceria com o portal Montanhas Capixabas e com o portal da Revista Negócio Rural, entrevistou os sete candidatos ao governo do Espírito Santo. As entrevistas serão publicadas individualmente, uma por dia, a partir do dia 09 de setembro.
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Os candidatos responderam as mesmas perguntas, e tiveram o mesmo limite de caracteres para cada resposta. As publicações diárias seguiram a ordem alfabética dos nomes que os candidatos estarão nas urnas. Abaixo, conheça um pouco mais sobre o candidato, e acompanhe as demais entrevistas.
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- Capitão Sousa – Tem 38 anos, é policial militar e nasceu em Belo Horizonte (MG). Foi candidato a prefeito de Castelo em 2016 e a vice-prefeito de Cachoeiro do Itapemirim em 2020, mas não foi eleito em nenhuma ocasião. A vice da chapa pura é Soraia Chiabai, 62 anos.
- Partido: PSTU
- Número: 16
- Vice-governador (a): Soraia Chiabai
- Partidos coligados: PSTU
Quais serão as primeiras ações que o senhor pretende executar a partir do próximo ano, caso seja eleito?
Nossa prioridade é subordinar o Estado ao povo. Vamos criar conselhos populares e conselhos profissionais que vão determinar as ações do governo. Propostas de emendas constitucionais e todas grandes decisões vão ser aprovadas ou alteradas por plebiscito. Os órgãos públicos devem se subordinar à população e vão passar por um processo de valorização do servidor enquanto trabalhador. Serão estabelecidos pisos salariais e planos de carreira para o servidor.
O agronegócio é um setor que tem crescido nos últimos anos no Brasil, mesmo em períodos de crise. Quais as medidas que podem ser adotadas para contribuir cada vez mais para o desenvolvimento do setor no interior capixaba?
Somos contrários ao agronegócio que se apropria das terras do trabalhador para plantar commodities. Faremos a reforma agrária no ES e concederemos créditos para quem produz alimentos garantindo a compra destes para distribuir nas escolas e em programas sociais de atendimento ao pobre. Convocaremos pequenos agricultores, trabalhadores sem-terra, atingidos por barragens, indígenas, quilombolas, mulheres campesinas, para definir nossas prioridades.
O turismo é um segmento importante para a economia do Estado, em especial para a Região Serrana do Estado. Quais são seus planos para essa área no Estado?
Acreditamos no turismo como fonte geradora de renda e emprego, principalmente nas regiões serrana e litorânea, que já estão consolidadas como polos de atração turística. Vamos reunir os trabalhadores do setor em um Conselho do Turismo que traçará as ações a serem implantadas pelo governo. Defendemos a necessidade de criação de roteiros turísticos viáveis economicamente para a classe trabalhadora. Hoje nosso turismo é principalmente destinado aos ricos.
No interior do Estado, os hospitais regionais são importantes ao prestarem atendimentos aos moradores, evitando deslocamentos para a Grande Vitória, mas muitos passam por dificuldades financeiras. Há algum plano para fortalecer o sistema de saúde no interior? De que forma?
Criaremos uma rede de saúde, seguindo os princípios do SUS. Fortaleceremos a atenção psicossocial com ampliação e estruturação dos CAPS na Grande Vitória e no interior. As OS (Organizações Sociais) serão abolidas, assim como as demais formas de privatização e terceirização da saúde. A gestão será feita pelos trabalhadores da saúde, submetidos ao controle dos conselhos populares. Será ampliada e regionalizada a rede hospitalar, a rede de especialidades médicas e postos de saúde.
Ultimamente a política está bastante polarizada nacionalmente, e isso reflete nas eleições estaduais. Como o senhor vê esse cenário no Espírito Santo nesse período eleitoral?
É uma polarização que não existe nos programa de governo do ES quando se refere aos candidatos mais votados nas pesquisas publicadas. Somos a única candidatura de esquerda disputando o governo. Os outros têm as mesmas propostas. Somos a única candidatura contrária à privatização de empresas como a ES Gás, Banestes e Cesan. Temos um Estado submisso à classe dominante. Observe ingerência do ES em Ação. Queremos um Estado submisso à classe trabalhadora.
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