Especialistas alertam sobre perdas bilionárias no agronegócio com as mudanças climáticas

Elicit Plant/Divulgação

Para minimizar os impactos do clima como secas e enchentes, representantes do setor analisam soluções da América do Norte, Brasil e Sul da Europa

As mudanças climáticas estão deixando uma marca preocupante na agricultura global, com secas e estresse hídrico causando perdas significativas em diversas regiões. Em uma mesa redonda promovida pela Elicit Plant, na França, especialistas debateram as condições enfrentadas por agricultores na América do Norte, Brasil e na Europa.

Anúncio

O CEO da DunhamTrimmer, Mark Trimmer, especializada em biosoluções nos Estados Unidos, alertou para a frequência crescente e a intensidade das secas na América do Norte. “Mesmo produtores com acesso à irrigação estão enfrentando perdas severas devido às secas generalizadas, que não se limitam mais a regiões específicas”, detalha.

Anúncio

Já na Espanha, a situação é ainda mais crítica, conforme relato do CEO da Lainco Agro & Sirius Agrobusiness Consulting, Francesc Llauradó. O aumento das secas resultou em perdas consideráveis para os agricultores, totalizando 8 bilhões de euros em 2022 e prevendo um aumento para cerca de 12 bilhões de euros em 2023. “As previsões sombrias indicam que 75% das terras agrícolas espanholas podem se tornar desertas nas próximas quatro a cinco décadas, levando os agricultores a adotar medidas como consolidação de fazendas e melhorias nos sistemas de irrigação”, reforça.

No Brasil, o maior produtor mundial de soja e terceiro maior produtor de milho, a situação é semelhante, com perdas estimadas em 30 bilhões de euros devido a secas severas nas últimas safras. Felipe Sulzbach, diretor da Elicit Plant Brasil, destaca a variação de comportamento climático em diferentes regiões, evidenciando a necessidade de adaptação e soluções específicas. “O impacto global das mudanças climáticas é acentuado por extremos e riscos climáticos imprevisíveis”, ressalta. O exemplo citado por Sulzbach inclui uma seca seguida de chuvas intensas, resultando em inundações repentinas no Brasil. “Na América do Sul, os agricultores estão se esforçando para se adaptar a um clima cada vez mais volátil”, complementa.

Diante desse cenário desafiador, a especialista em biosoluções, Pam Marrone, enfatiza a importância do gerenciamento do estresse hídrico. Ela elogia a abordagem da Elicit Plant, uma startup de agritech, que se destaca ao focar no desenvolvimento de fitoesteróis como solução para esse problema. “A escassez de recursos hídricos é uma questão global, e os fitoesteróis apresentam uma perspectiva inovadora para manter ou aumentar a produtividade nas lavouras”, avalia.

Fonte: AgroEffective

Anúncio

Anúncio

Últimas notícias

Parceria entre Fecomércio-ES e Sicoob garante benefícios exclusivos para capixabas

Sempre em busca de soluções para oferecer os melhores produtos financeiros e benefícios ...

Dez dicas para uma sucessão familiar no campo é tema de palestra na Feira de Agronegócios Cooabriel

Lavouras são empresas a céu aberto. E como fazer com que propriedades e ...

RuralturES promete explorar o turismo de experiência com estrutura imersiva

Foto: Heitor Delpupo/Asscom MCC&VB A Fazenda Pindobas será a sede do Polo Sebrae ...

Dois casos suspeitos de doença de Newcastle deram negativo para detecção do vírus

Foto: Julio Huber Também foi publicada, em edição extra do DOU, a redução ...

Fundo de investimento do agro cresce 147% nos últimos 12 meses

Foto: Freepik Estoque de CPR aumenta 36% no último ano. Instrumentos seguem sendo ...