Espírito Santo mapeia sabores únicos de seus queijos artesanais

Foto: Erica Frank Uliana/Seag

A qualidade dos queijos artesanais do Espírito Santo está prestes a ganhar ainda mais reconhecimento. Um novo projeto, financiado pelo Governo do Estado, tem como objetivo identificar os tipos de queijo produzidos em território capixaba e detalhar as características de cada produto. A iniciativa, que integra o Programa de Incentivo à Pesquisa, Extensão, Desenvolvimento Social e Inovação Agropecuária (Inovagro), começa neste mês de fevereiro.

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Com essa pesquisa, a produção de queijos artesanais e autorais, incluindo aqueles feitos com leite cru, será caracterizada. Além de promover a regularização e segurança alimentar, o projeto busca preservar métodos tradicionais de produção e fortalecer o mercado local, impulsionando a valorização cultural e econômica desses produtos tão representativos do Espírito Santo.

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Sob a coordenação da Secretaria da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca (Seag), o projeto conta com parceiros de peso: a Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig), por meio do Instituto de Laticínios Cândido Tostes; a Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes); e o Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper). Para o secretário de Agricultura, Enio Bergoli, a iniciativa é um marco. Ele destaca que valorizar os queijos artesanais vai além da preservação de tradições, representando um motor de desenvolvimento econômico, cultural e turístico para o Espírito Santo.

Com a evolução das pesquisas, as entidades envolvidas buscam transformar a realidade da produção de queijos no Espírito Santo. O foco está na melhoria das práticas produtivas, no aumento da segurança alimentar, na redução de perdas para os produtores, na regularização das queijarias e na agregação de valor aos produtos locais, ampliando suas oportunidades no mercado.

Segundo Jackson Fernandes de Freitas, coordenador da pesquisa de caracterização dos queijos capixabas, esse estudo atende a uma demanda antiga dos produtores rurais. Ele explica que a caracterização permitirá a criação de uma legislação específica, garantindo mais segurança ao consumidor e o reconhecimento oficial dos queijos capixabas no mercado.

Já Bergoli destaca que o investimento em pesquisa e inovação fortalece a identidade dos queijos capixabas e impulsiona a entrada em novos mercados, agregando valor a uma produção já reconhecida nacional e internacionalmente pela sua qualidade.

No Espírito Santo, as queijarias são protagonistas entre as agroindústrias familiares, representando mais de 40% do total de estabelecimentos do setor, de acordo com o IBGE. Em 2017, o estado registrava 1.763 queijarias dentro de um universo de 4.148 agroindústrias.

Regiões como as Montanhas Capixabas, o Caparaó e a Rota do Queijo Artesanal, que inclui João Neiva, se destacam pela tradição e excelência na produção de queijos, com muitos produtos premiados em concursos nacionais e internacionais. Esses locais, além de impulsionarem a economia, também se tornam destinos atrativos para turistas e consumidores que valorizam sabores únicos e autênticos.

Fonte: Seag

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