Faturamento das lavouras dos Cafés do Brasil foi estimado em R$ 71,7 bilhões para 2022

Produção de café arábica ocupa 1,43 milhão de hectares, com produtividade média de 27,1 sacas por hectare, e a de café conilon 389,2 mil hectares, com média de 43,6 sacas por hectare

O Valor Bruto da Produção (VBP) dos Cafés do Brasil, que corresponde ao faturamento total das lavouras cafeeiras, tanto da espécie de café arábica como de conilon, está estimado em R$ 71,7 bilhões para 2022. Neste contexto, o café conilon, com receita estimada de R$ 14,17 bilhões representa 19,7% desse faturamento; e o café arábica, com estimativa de R$ 57,54 bilhões, corresponde a 80,3% do total. Com base nesses números, verifica-se que a cafeicultura será responsável por aproximadamente 8,2% do faturamento total das lavouras brasileiras, estimada em R$ 869,4 bilhões, desempenho que coloca o setor do café em quarto lugar no ranking do VBP, em 2022.

Ao compararmos o Valor Bruto de Produção (VBP) de 2021, com a estimativa do VBP de 2022, é possível perceber um expressivo aumento de aproximadamente 73% no faturamento do café da espécie arábica, saltando de R$ 33,28 bilhões em 2021, para R$ 57,54 bilhões em 2022. Já o café da espécie conilon, deve apresentar um aumento de 31%, subindo de R$ 10,82 bilhões para R$ 14,17 bilhões.

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O cálculo da estimativa do faturamento bruto, especificamente para as lavouras, contempla 17 produtos agrícolas e considera os preços médios recebidos pelos produtores rurais nos meses de janeiro e fevereiro do corrente ano, o qual totalizou, conforme mencionado anteriormente, R$ 869,4 bilhões neste ano de 2022. Assim, um ranking dos cinco produtos agrícolas que apresentam a maior estimativa de faturamento bruto, em ordem decrescente, denota o seguinte: soja, em primeiro lugar, figura com R$ 353,8 bilhões, que correspondem a 40,6% do total; em segundo, milho – R$ 157,72 bilhões (18,1%); cana-de-açúcar, em terceiro – R$ 117,62 bilhões (13,5%); café, conforme citado, ocupa o quarto lugar, com R$ 71,72 bilhões (8,2%); e, em quinto lugar, o algodão, com R$ 40,76 bilhões, montante que representa 4,6% do VBP das lavouras brasileiras.

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Com relação à produção total dos Cafés do Brasil prevista para 2022, incluindo as duas espécies (arábica e conilon), a previsão é de que o volume físico apresente um aumento de 16,8% em relação ao ano passado, chegando a 55,74 milhões de sacas de 60kg, produzidas em uma área de 1,82 milhão de hectares. A produção de café arábica deve ser responsável por 69,5% do total da produção brasileira com 38,78 milhões de sacas, número que representa um aumento de 23,4%, se comparado a 2021. Enquanto que a produção de café conilon, com um aumento de 4,1% em relação ao ano passado, deve atingir 16,95 milhões de sacas, volume que representa 30,5% de todo café que deverá ser produzido no Brasil em 2022.

Ao analisar exclusivamente os cafés da espécie arábica, verifica-se que a respectiva área em produção teve uma ligeira queda de 0,2%, a qual ocupa neste ano 1,43 milhão de hectares, com produtividade média de 27,1 sacas por hectare. Se comparados com a safra anterior, tais números representam um acréscimo de 23,4% na produção e de 23,6% na produtividade do café arábica, em decorrência principalmente fator da bienalidade dessa espécie de café, que alterna produção menor em um ano com safra maior no ano seguinte.

Quanto à produção dos cafés da espécie conilon, se for feita esta mesma análise comparativa, abordando a área em produção e a produtividade da safra 2022, em comparação com os dados de 2021, constata-se que a área em produção aumentou 3,7% e, assim, conta atualmente com 389,2 mil hectares e produtividade média de 43,6 sacas por hectare, performance que indica um pequeno aumento de 0,4% em relação à produtividade média dos cafés da espécie conilon do ano anterior.

Os dados e números que permitiram realizar esta análise foram obtidos do Sumário Executivo do Café – Março de 2022 e do Valor Bruto da Produção – VBP – Fevereiro 2022, estudos do setor cafeeiro que são elaborados e divulgados mensalmente pela Secretaria de Política Agrícola – SPA, do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento – Mapa, cujas edições estão disponíveis na íntegra no Observatório do Café do Consórcio Pesquisa Café, coordenado pela Embrapa Café.

Com base exclusivamente nos dados do Valor Bruto da Produção – VBP, se também for estabelecido um ranking, no caso, do faturamento da cafeicultura nas cinco regiões geográficas brasileiras, nota-se que a Região Sudeste ocupa o primeiro lugar com R$ 63,82 bilhões, o que equivale a 89% do faturamento total, seguida pela Região Nordeste com R$ 4,1 bilhões (5,7%). Em terceiro lugar vem a Região Norte com o faturamento estimado em R$ 2,37 bilhões (3,3%), em quarto a Região Sul com R$ 844,7 milhões (1,2%). E, por fim, a Região Centro-Oeste, que tem o faturamento bruto da lavoura cafeeira estimado em R$ 566,77 milhões, montante que corresponde a 0,8% do VBP dos Cafés do Brasil em 2022.

Fonte: Embrapa Café

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