Feira Internacional do Café Conilon reúne inovação, negócios e turismo em Jaguaré
Foto: 7D Produções

A Feira Internacional do Café Conilon (FICC) começou nesta quinta-feira (27), em Jaguaré, inaugurando três dias de programação voltada à inovação, sustentabilidade e geração de negócios na cafeicultura capixaba. Com cerca de 80 expositores e expectativa de receber 20 mil visitantes, o evento se consolida como um dos principais pontos de encontro para produtores, cooperativas, exportadores, instituições financeiras, pesquisadores e compradores internacionais, ampliando a visibilidade do conilon no mercado global.
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A FICC apresenta um panorama completo da evolução da cafeicultura no Espírito Santo, incluindo salto de produtividade, avanços tecnológicos, melhoria da qualidade e fortalecimento das práticas sustentáveis. Entre os destaques estão produtores de cafés especiais, como Carolinna Bridi Gomes, campeã nacional do Coffee of the Year 2025 na categoria canéfora, da Fazenda São Bento, em Santa Teresa, que levam ao público a diversidade e o potencial dos cafés capixabas.
O evento também reforça o papel do conilon como vetor de desenvolvimento rural e turismo. Ao reunir diferentes segmentos da cadeia produtiva, a feira estimula novos mercados, conecta compradores e vendedores e reforça a importância do agroturismo na região norte do Espírito Santo, onde propriedades rurais ganham protagonismo ao integrar cultura, gastronomia e experiências ligadas ao café.
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ESPÍRITO SANTO: POTÊNCIA MUNDIAL DO CONILON
O Espírito Santo mantém liderança nacional na produção de café conilon, respondendo por aproximadamente 70% da produção brasileira. São 286 mil hectares cultivados em 68 municípios e uma cadeia produtiva que envolve 49 mil propriedades rurais. A produção estimada pela Conab (setembro de 2025) é de 13,814 milhões de sacas, com produtividade média de 53,5 sacas por hectare. A área em formação soma 28,5 mil hectares.
Os principais municípios produtores — com base em dados de 2024 — são Rio Bananal, Linhares, Vila Valério, Colatina, Jaguaré e Nova Venécia. No Estado, cerca de 90% das lavouras contam com irrigação, e o tamanho médio das propriedades é de oito hectares, conduzidas majoritariamente por famílias agricultoras. A renovação das áreas ocorre em ritmo de 7% ao ano, impulsionada por novas tecnologias recomendadas pelo Incaper. Em lavouras tecnificadas, a produtividade pode ultrapassar 80 sacas beneficiadas por hectare.
A FICC é realizada pela Prefeitura de Jaguaré, com apoio institucional de diversas entidades do setor produtivo, turístico e de pesquisa, consolidando o município como um dos polos de referência para o conilon no Brasil e no mundo.
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