Financiamento verde para pequenos negócios é defendido durante a COP30
Foto: Wesley Santos/Sebrae

As oportunidades e os entraves do financiamento verde para os pequenos negócios, protagonistas da transição para a economia de baixo carbono, entraram nas mesas de discussões durante o segundo dia da COP30, que começou ontem (10) em Belém, no Pará. As atividades fazem parte de uma agenda que o Sebrae levou ao maior evento mundial sobre o meio ambiente.
Anúncio
O assunto tomou conta do estande da instituição na Green Zone, durante o painel Green Finance, que reuniu representantes do BNDES, da ABDE e do Banco do Nordeste para discutir caminhos que ampliem o acesso das micro e pequenas empresas ao crédito da sustentabilidade.
Moderador do encontro, o coordenador de Acesso a Crédito e Investimentos do Sebrae, Giovanni Bevilaqua, destacou que o financiamento é um dos grandes temas da COP30, presente tanto na Green Zone como na Blue Zone da ONU. Segundo ele, o desafio central é colocar micro e pequenas empresas no centro do debate econômico. “Os pequenos negócios têm dificuldade histórica de acessar crédito e investimento. O trabalho do Sebrae com bancos, fundos e governos é melhorar esse ambiente e criar condições reais para que eles possam crescer dentro de um novo modelo econômico”, afirmou.
Anúncio
O coordenador do Sebrae avaliou, ainda, que a agenda da sustentabilidade deixou de ser “tendência” e se tornou prioridade no presente. “Os empreendedores estão atentos. A COP30 colocou os pequenos negócios dentro do debate global e isso fortalece a reorganização dos processos produtivos com foco em sustentabilidade ambiental, melhoria da qualidade de vida nas comunidades e uso de tecnologia de baixo impacto”, disse.
Cristiane Vitorino, gerente de Relações Institucionais e de Operações da Associação Brasileira de Desenvolvimento (ABDE), ressaltou o papel do sistema de fomento na transformação produtiva do país, formado pelo Sebrae e parceiros do painel. “Essa rede de fomento é chave para promover a transição sustentável. São instituições que têm ferramentas para inserir tecnologias e inovações mais limpas dentro dos pequenos negócios”, afirmou. O Sebrae é uma das 35 instituições associadas à ABDE.
A importância da tecnologia para expandir a bioeconomia foi citada por André Schelini, diretor-técnico do Sebrae no Mato Grosso no painel: “Precisamos levar soluções tecnológicas sustentáveis a todos os territórios que empreendem, promovendo desenvolvimento inclusivo e de baixo impacto ambiental”. Já Kleber Oliveira, gerente executivo do Banco do Nordeste, reforçou o compromisso de fortalecer o crédito para pequenos negócios: “Já operamos 14 mil transações diárias de microfinanças, queremos ampliar ainda mais essas linhas”, informou.
Durante o painel, Tiago Peroba, chefe do Departamento de Relacionamento Institucional do Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES), citou as pequenas empresas como público prioritário, justamente pela dificuldade maior de acessar crédito tradicional. Ele lembrou que o Fundo Garantidor BNDES-Sebrae, já apoiou mais de R$ 2 bilhões em operações. Também citou programas como Fundo Clima, financiamento de máquinas de baixo carbono, Pronaf Bioeconomia, Pronaf Agroecologia e linhas específicas para a transição energética. “Desde janeiro de 2023, o BNDES destinou R$ 96 bilhões para soluções da economia verde. Essa agenda é estratégica para transformar a base produtiva nacional”, finalizou.
Fonte: Sebrae
Anúncio
Anúncio