Instituto de Economia Agrícola completa 79 anos de contribuição ao agro brasileiro
Fundado em 1942, o Instituto de Economia Agrícola (IEA-APTA), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, comemora 79 anos amanhã (7). A Instituição se destaca pela qualidade e confiabilidade dos dados agrícolas que produz e disponibiliza, considerados referência dentro e fora do Estado. No mês de novembro, a Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo também comemora 130 anos.
“O IEA é uma das poucas instituições do país focadas em socioeconomia agrícola, tendo importância não apenas para o agro de SP, mas para o Brasil”, assegura o diretor geral do Instituto, Celso Luis Rodrigues Vegro. Para ele, o corpo técnico é com certeza o maior diferencial do órgão, com pesquisadores e servidores que sempre buscam respostas confiáveis às novas demandas do agro e da sociedade, aliando alta capacidade analítica e abordagem multidisciplinar.
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Segundo explica o gestor, o órgão produz resultados de pesquisa em diversas áreas – econômica, social, geográfica e até mesmo antropológica -, que permitem o desenho de políticas públicas bem ajustadas às demandas agrícolas. “Contribuímos com a elaboração de análises e cenários que contemplem o mercado do agro em várias frentes. Um exemplo é a contabilização dos salários rurais, feita com exclusividade pelo IEA”, diz Vegro.
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De acordo com ele, a credibilidade das informações ofertadas faz com que o site da Instituição receba mensalmente em torno de 100 mil acessos – mais de 1,2 milhão no ano. “As pessoas procuram por esse tipo de informação, de qualidade e isenta, que é ‘uma moeda de ouro’. No nosso caso, ela vem com o carimbo de uma instituição que é um abre-portas no mercado”, defende.
Outra contribuição essencial do Instituto elencada pelo diretor é a elaboração dos preços de terra, que servem de base para a arrecadação de dois importantes impostos estaduais: Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural (ITR) e Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação (ITCMD). “Só com o ITCMD, o Estado de São Paulo arrecada cerca de R$ 2 bilhões por ano, o que torna nítida a relevância do IEA”, afirma Vegro.
Ação no presente e foco no futuro
Conforme conta o diretor geral, 2021 foi um ano bastante intenso e de muito trabalho para o IEA. Ganhou destaque dentre as ações realizadas, a implementação do Programa Rotas Rurais, que realiza o mapeamento e identificação de propriedades rurais no Estado de SP, em parceria com a Google.
“É um programa revolucionário, que concede cidadania ao homem do campo”, exalta o gestor. “Mais de 100 municípios já foram contemplados e tiveram entregues o mapeamento completo dos endereços rurais”, agrega. Segundo relata, em 85 desses municípios, foram descobertos 6.500 km de estradas que não eram sequer reconhecidos – uma média de 70 km por município.
Para o próximo ano, Vegro diz estarem sendo planejados mais projetos que devem trazer benefícios ao agro paulista. Ele cita como exemplo a parceria que está sendo buscada com a Secretaria da Fazenda de SP para refinar a elaboração das estatísticas de preços dos produtos agrícolas.
Outra iniciativa é o levantamento da área cultivada, produção e preço dos alimentos orgânicos no Estado, que dará subsídios para a formulação de políticas públicas importantes, como as voltadas à alimentação escolar. “Também estamos planejando um trabalho de construção de preços para o setor agroflorestal, permitindo a valoração de produtos como a palmeira juçara, de grande importância socioeconômica e ambiental”, comenta o diretor do Instituto. “Isso irá amparar o processo de recomposição de áreas verdes previsto no Programa de Regularização Ambiental – PRA, estimado em 800 mil ha”, conclui.
Fonte: APTA
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