Lavouras atingidas por chuvas de granizo serão contabilizadas

Foto: Divulgação/CCCMG

A Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural de Minas Gerais (Emater-MG) está fazendo um levantamento das áreas atingidas pelas fortes chuvas de granizo registradas no estado no início da semana. As lavouras mais prejudicadas estão nas regiões da Zona da Mata, Alto Paranaíba e Sul de Minas. As tempestades ocorreram principalmente nos dias 7 e 8 de novembro.

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O Sistema Faemg também divulgou orientações aos produtores rurais afetados por fortes vendavais e chuvas de granizo. As intempéries climáticas danificaram pastagens, comprometeram colheita e produção futura em mais de 20 municípios. Entre as medidas para minimizar os prejuízos estão o seguro rural, a renegociação de dívidas e o acesso a financiamento para a recuperação de áreas danificadas.

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De acordo com o vice-presidente de Finanças do Sistema Faemg, Renato Laguardia, a instituição está trabalhando no levantamento das culturas atingidas e nas estimativas de prejuízos em curto, médio e longo prazos. “Tivemos o relato de que os danos foram enormes em pastagens, produções de café e outros grãos. Estamos atentos, nos reunindo com a CNA, órgãos municipais, estaduais e federais, no sentido de buscar soluções conjuntas que minimizem os danos aos nossos produtores rurais”, diz.

O primeiro passo para que o produtor rural pleiteie a prorrogação ou renegociação de operações com credores é obter um laudo técnico que comprove a dimensão das consequências do evento climático em sua propriedade. O vice-presidente de Secretaria do Sistema Faemg, Ebinho Bernardes, reforça a importância da mobilização dos Sindicatos Rurais para ajudar no levantamento dos dados e construção do documento. “Nós, do Sistema Faemg, estamos juntos, prestando orientações, esclarecimentos e todo o apoio necessário para que o produtor rural se recupere desse desastre”, destaca. Caso tenha contratado seguro rural, importante contatar a seguradora para informar o sinistro.

De acordo com as orientações da Emater-MG, os produtores atingidos que contrataram crédito rural devem recorrer às instituições financeiras. Eles devem comunicar as perdas ao agente financeiro, o mais rápido possível. A empresa alerta para que os agricultores evitem qualquer atitude precipitada, sendo o mais indicado procurar por assistência técnica especializada.

Os prefeitos também devem ser acionados para que decretem situação de emergência ou calamidade pública, em razão da extensão dos danos. Isto é muito importante para políticas públicas, crédito rural e até mesmo tributos como o Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural (ITR).

DANOS – Segundo a presidente do Sindicato dos Produtores Rurais de Alfenas, Elvira Alice de Souza, a chuva atingiu grande faixa do município, prejudicando lavouras de café, milho e soja. “As perdas podem chegar a 60% devido ao período da cafeicultura, pois atingiu o grão em formação. E o que não foi para o chão ficou machucado, o que impacta na qualidade da próxima safra”, explica.

Em Passos, o produtor rural Marco Antônio Calixto lamentou os danos. “As lavouras de milho e soja estavam em formação e foram atingidas em uma área de 65 hectares. Na lavoura de soja será perda total, além da infraestrutura de barracões que foi atingida e ficou sem os telhados”, conta.

Fonte: CCCMG

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