Pecuaristas comemoram melhorias após implantação do programa ATeG

Produtores rurais de Carmo do Cajuru, em Minas Gerais, se reuniram para analisarem o trabalho após um ano do Programa de Assistência Técnica e Gerencial (ATeG) Balde Cheio no município. Desenvolvido para fomentar a bacia leiteira e atuar na gestão e manejo das propriedades, o programa é direcionado aos pequenos e médios produtores. Participaram da reunião o presidente do Sindicato dos Produtores Rurais, José Eustáquio Vilaça de Oliveira, o Taquinho, e o gerente da regional do Sistema Faemg em Passos, Rogger Miranda Coelho. Os trabalhos foram conduzidos pelo técnico de campo Mozar Salviano Barreto e pelo supervisor Rodrigo Eduardo Barros.

O perfil dos produtores do grupo é heterogêneo, mas a maioria é de pequenos pecuaristas. A primeira ação do técnico foi motivar a turma, que estava desanimada. Segundo Mozar, tudo foi melhorando com o início dos trabalhos. “Entendo que tivemos muito progresso nesse primeiro ano. Os produtores, em sua maioria, estão bem engajados e satisfeitos. Como técnico de campo, eu não poderia estar mais animado, tanto pelo trabalho com os produtores e resultados obtidos, quanto pela oportunidade de aprendizagem e participação nesse projeto que visa não só a melhoria dos resultados financeiros da atividade leiteira, como também uma melhor qualidade de vida dos envolvidos”.

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Ao longo desse um ano de trabalho, os produtores participaram de várias ações para somar conhecimento à assistência técnica e gerencial, como na ExpoBom, quando participaram de um Seminário sobre Pecuária Leiteira, participação na Megaleite, cursos e treinamentos e acompanhamento técnico em melhoramento genético, nutrição, cria e recria de bezerras, silagem reidratada, qualidade do leite, irrigação, entre outros.

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ÍNDICES – O grupo mantém uma média de 26 animais em lactação – o maior produtor tem 127 e, o menor, oito animais nessa fase. Em média, o índice zootécnico do grupo é de 78% de vacas em lactação em relação ao total de vacas, podendo chegar a 85%, o que será considerado excelente.

A média de produção está na faixa de 13 litros/vaca/dia, com tendência de boa melhora para o próximo ano. Com esses índices, os participantes do ATeG Balde Cheio conquistaram a lucratividade média de R$ 0,34 por litro.

É importante ressaltar que os 26 produtores tiveram uma receita nos últimos 12 meses de R$ 10.292.084,59, despesas de R$ 8.013.713,78 e investimentos de R$1.548.323,36, movimentando, nesse período, R$ 19.854.121,73.

PRODUTORES – O produtor José Valter de Souza Alves, da Fazenda Olhos D’Água, é um dos integrantes do ATeG e está feliz com os resultados do primeiro ano de trabalho. Com produção de 630 litros/dia, ele destaca que produzia 510 litros/dia quando entrou para o programa.

“O importante do ATeG é que ele nos dá condições de ter o controle da gestão da propriedade, quando nos coloca a disciplina de computar todas as despesas e receitas. Pode parecer simples, mas não é. Se não temos um programa, uma gestão, ficam dados sem registro. A partir do momento que temos o compromisso de anotar tudo, isso facilita a disciplina e a tomada de decisões para a compra de insumos, contratação de mão de obra e muito mais”, analisa o pecuarista.

O produtor também destaca o trabalho de Mozar com todos os cuidados desde o nascimento das bezerras até a lactação, o que é fundamental para um bom resultado. “O manejo é muito importante e o técnico dá todo esse apoio”, reforçou.

Outro destaque apontado por José Valter é sobre as melhores práticas e os treinamentos disponibilizados pelo SENAR, o que os deixa mais atualizados com as novas técnicas adotadas pela pecuária leiteira.

SINDICATO – “Eu considero o programa ATeG de extrema importância, porque, além da parte técnica, tem também a gestão contínua. Isso faz com que os produtores, juntamente com o técnico, passem a ter foco nos resultados positivos”, disse o presidente do Sindicato dos Produtores Rurais de Carmo do Cajuru, o Taquinho.

Ele ressalta a satisfação do grupo por, além de aprender a trabalhar corretamente, também aprimoram a questão financeira. “Já temos uma lista de produtores interessados em participar e, assim que possível, formarmos um novo grupo. Com isso, quero parabenizar o Sistema Faemg, especialmente o SENAR, que vem dando uma atenção especial ao programa”, elogiou.

MELHORAMENTO GENÉTICO – Durante os trabalhos do ATeG Balde Cheio, os produtores também conheceram o programa do SEBRAE Fertilização em Tempo Fixo e Fertilização In Vitro, para aqueles que queiram implementar o melhoramento genético na sua propriedade.

Fonte: Sistema Faeg

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