Pecuaristas intensificam investimento em genética e impulsionam a inseminação artificial em 2024

Foto: Julio Huber

O setor pecuário brasileiro tem investido cada vez mais em melhoramento genético, refletindo na expansão do uso da inseminação artificial. Segundo o INDEX ASBIA, levantamento realizado pela Associação Brasileira de Inseminação Artificial (Asbia) em parceria com o Centro de Estudos em Economia Aplicada (Cepea) da Universidade de São Paulo (USP), houve um aumento significativo nas práticas voltadas à melhoria do rebanho em 2024.

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“Registramos um crescimento de 6% na coleta de sêmen, 14% na importação e 4% na utilização de doses nos rebanhos”, destaca Lilian Matimoto, executiva da Asbia. A produção nacional de sêmen totalizou 20,5 milhões de doses, superando as 19,4 milhões registradas em 2023. Paralelamente, a importação avançou de 5 milhões para 5,7 milhões de doses, elevando a disponibilidade de genética bovina no mercado nacional em 7,4%, com um total de 26,2 milhões de doses.

“Esse avanço reforça a importância da inseminação artificial na pecuária brasileira, que foi adotada em 81% dos municípios do país em 2024, abrangendo um total de 4.496 localidades. O cenário é animador, mas ainda há espaço para maior expansão”, ressalta Matimoto.

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Os investimentos em genética para produção leiteira atingiram 5,9 milhões de doses, um crescimento de 9%, sendo o maior volume desde 2018. Já o uso de sêmen voltado à pecuária de corte registrou um aumento de 3% em relação ao ano anterior, passando de 17 para 17,5 milhões de doses. No total, o mercado de genética bovina avançou 4%, com 23,4 milhões de doses adquiridas pelos pecuaristas.

“Apesar dos desafios enfrentados pelo setor de corte e leite em 2024, os produtores seguiram apostando no melhoramento genético. Esse movimento mostra um reconhecimento crescente de que a genética não é um custo, mas sim uma ferramenta estratégica para impulsionar os resultados produtivos dos rebanhos”, reforça Matimoto.

Cenário das exportações e prestação de serviços

Enquanto o mercado interno avançou, as exportações de sêmen apresentaram uma queda de 5% em 2024, totalizando 368.371 doses para aptidão leiteira e 464.905 para aptidão de corte. Já a prestação de serviços para coleta e industrialização de sêmen sofreu uma redução de 20%, com 1.405.038 doses processadas sob contrato entre pecuaristas e empresas especializadas.

O relatório completo do INDEX ASBIA 2024 está disponível gratuitamente no site oficial da Asbia: https://asbia.org.br/index-asbia/.

ASBIA – Fundada em novembro de 1974, a Associação Brasileira de Inseminação Artificial (Asbia) tem como missão promover e expandir o uso da inseminação artificial na pecuária nacional. A entidade desenvolve iniciativas para divulgar a técnica, coopera com órgãos governamentais e busca aprimorar o setor empresarial, ampliando o mercado e otimizando os sistemas de distribuição de genética bovina.

Texto: Irvin Dias/Texto Comunicação Corporativa

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