Projeto estimula o plantio de café conilon em comunidade quilombola do Norte capixaba

Fotos: Divulgação/Suzano

Um projeto desenvolvido em comunidades quilombolas do Norte do Espírito Santo tem estimulado a geração de renda a partir do apoio financeiro e incentivo à agricultura familiar na região. Uma dessas iniciativas está fortalecendo a produção agrícola na comunidade Córrego do Alexandre, em Conceição da Barra, que recebeu apoio para diversificar a produção rural por meio do projeto Quilombo do Café.

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Os produtores locais, que são tradicionais na produção de mandioca e hortaliças, realizaram a primeira colheita do café conilon em maio deste ano, após muito trabalho na tentativa de incluir a nova cultura agrícola e diversificar a economia. A iniciativa iniciou há cerca de dois anos, quando a comunidade foi selecionada pela empresa Suzano – promotora da ação -, com base em critérios técnicos e sociais, para a aquisição de três mil mudas de café, insumos e equipamentos.

A primeira colheita do projeto Quilombo do Café rendeu um total de 94 sacas, que foram vendidos ainda maduros (sem secar), gerando uma renda superior a R$ 25 mil. Parte da receita foi investida na aquisição de insumos e manutenção da lavoura, e o excedente foi repartido entre os seis produtores que participam do projeto. “Estamos ainda no início. A expectativa é aumentar a produção nas próximas safras, visando ter o café como uma complementação de renda”, conta a produtora Daiane dos Santos.

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A produtora, que também é técnica do Centro de Desenvolvimento do Agronegócio (CEDAGRO), ressalta que cultivar diferentes culturas traz melhoria na subsistência das famílias rurais devido ao aumento do leque de produtos para comercialização, proporcionando ganhos durante todo o ano.

“A comunidade de Córrego do Alexandre é forte na produção de mandioca e derivados, assim como as hortaliças, mas o café veio para complementar ainda mais. Evitar a dependência econômica de um único produto é fundamental para a autonomia financeira das famílias”, afirma Daiane.

Segundo a analista de Relacionamento Social da Suzano, Gabriela Frinhani Nico, a empresa tem diversas iniciativas junto às comunidades quilombolas da região. “Aqui no Norte do Espírito Santo, temos um diálogo muito próximo e de cooperação com as comunidades quilombolas, que estão possibilitando diversas ações e projetos que visam a geração de renda. Ficamos felizes em contribuir também com os produtores de Córrego do Alexandre, por meio deste projeto que será fundamental para o fortalecimento da agricultura familiar”, afirma Gabriela.

HITÓRIA – A produtora Laudemira dos Santos, de 76 anos, mais conhecida como Dona Neném, é a moradora mais idosa da comunidade e se dedica ao Quilombo do Café com orgulho. Para ela, o trabalho feito em comunidade é a semente da transformação da localidade, que já enfrentou muitas dificuldades. “Meus pais trabalharam muito pra conseguir deixar a terra pra gente. Minha mãe carregava lenha nas costas para vender”, diz ela, ciente de que a união de propósitos é a inspiração para seguir cultivando um futuro melhor para todos.

Fonte: P6 Comunicação

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