Projetos tecnológicos auxiliam no aumento da qualidade do café brasileiro

Dados da Associação Brasileira de Café (ABIC) apontam que o consumo da bebida no Brasil em 2020 foi o segundo maior da história. O consumo interno de café no país registrou cerca de 21,2 milhões de sacas entre novembro de 2019 e outubro de 2020, o que representa uma alta de 1,34% em relação ao período anterior. Os números revelam como a bebida é importante tanto para a mesa dos brasileiros quanto para a indústria nacional.

Pensando nesta preferência e em soluções práticas para quem aprecia e trabalha neste segmento, a Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (EMBRAPII) investiu em projetos tecnológicos que trazem grãos de qualidade para a indústria brasileira.

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Um deles é o projeto da empresa Carmomaq, que desenvolveu um torrador de grãos com o padrão de qualidade das máquinas industriais, de fácil manuseio, com baixo custo energético e financeiro para ser utilizado em casas ou cafeterias. O projeto recebeu cerca de R$ 20 mil de investimento da EMBRAPII e foi elaborado em oito meses pelos profissionais do Polo Agroindústria do Café do Instituto Federal do Sul de Minas Gerais (IF Sul de Minas).

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Atualmente, muitos dos torradores que existem no mercado são grandes máquinas a gás que operam em alta potência gerando gasto elevado, além da necessidade de profissionais capacitados para fazer as torras. Com a nova tecnologia, será possível atingir os níveis de exatidão de temperatura e fluxo de ar, essenciais para torra de cafés especiais, mas com baixo consumo elétrico e de fácil utilização.

De acordo com Leandro Carlos Paiva, diretor do Polo Agroindústria do Café do IF Sul de Minas, a tecnologia é inovadora para o mercado cafeeiro. “Com a possibilidade de fazer perfis de torra, é possível elaborar diferentes notas sensoriais para o café por meio da torra”. O torrador já está disponível para comercialização e pode ser encontrado em sites de compra como Magazine Luiza, Mercado Livre, entre outros.

Painel para colheita seletiva de café

O sistema compreende em um painel acoplado em diferentes máquinas de colheita de café ou outros grãos. Por meio de vibrações ele promove uma seleção de grãos de forma qualitativa, levando em conta aqueles que estão mais maduros. Dessa maneira, é possível colher os melhores grãos para compor, principalmente, cafés especiais. A tecnologia está em base de aperfeiçoamento e levou cerca de 10 meses para ser elaborada. O projeto recebeu um investimento de R$ 100 mil da EMBRAPII.

“As parcerias entre a iniciativa privada e os centros de pesquisa brasileiros, com certeza, podem contribuir para o desenvolvimento da indústria nacional e para aumentar a produtividade dos seus negócios. Ao aproximar empresas e instituições de pesquisas, a EMBRAPII tem permitido que o país inove e que os processos tenham a celeridade e flexibilidade exigidas pelo mercado”, conclui o diretor-presidente da EMBRAPII, Jorge Almeida Guimarães.

Fonte: EMBRAPII

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