Reunião traça novos direcionamentos para o combate à gripe aviária em Santa Maria de Jetibá

Um dos principais municípios do setor avícola do Espírito Santo, Santa Maria de Jetibá tem reforçado o trabalho de comunicação e disseminação das informações sobre a prevenção à gripe aviária (influenza aviária). Na última quarta-feira (24), a pedido do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), por meio da Superintendência Federal de Agricultura (SFA/ES), e da Associação dos Avicultores do Estado do Espírito Santo (Aves), foi realizada uma reunião com a prefeitura do município e com representantes da Secretaria da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca (Seag), do Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal (Idaf), do Fundo Emergencial de Promoção da Saúde Animal do Estado do Espírito Santo (FEPSA-ES), e da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), para alinhar alguns pontos e traçar direcionamentos para o município.

Secretário municipal de Defesa Social de Santa Maria de Jetibá, Vitor Dimitri destacou as últimas ações realizadas, além do levantamento das criações de subsistência realizado pelos agentes de saúde. “Nós, como municipalidade, estamos nos preparando para enfrentamento da gripe aviária, caso necessário. Já tivemos diversas reuniões, entrevistas na rádio local, e também a criação de uma Comissão de Emergência Zoossanitária. O objetivo neste momento é abordar ações preventivas e a preparação de medidas para o risco da influenza aviária de alta patogenicidade em nosso município, caso haja”, pontuou Dimitri.

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Coordenador de Prevenção e Vigilância de Doenças Animais do Mapa, Guilherme Takeda disse que o objetivo é sensibilizar os produtores, a Prefeitura e a Aves neste momento. Ele enfatizou que o Espírito Santo é prioridade para o Mapa, e explicou que o momento é de assegurar a biosseguridade. Takeda frisou a importância da colaboração dos produtores na execução das ações e reiterou que o objetivo é estreitar os laços e construir um cenário de cooperação de cada órgão, caso a enfermidade atinja o setor comercial.

Na sequência, o secretário de Estado da Agricultura, Enio Bergoli, explicou que o Governo do Estado, por meio da Seag e do Idaf, em parceria com o setor produtivo, já definiu as estratégias de contenção para seguir forte na execução das ações. “Neste momento, vamos intensificar as ações para impedir que a doença atinja criatórios domésticos, tanto para evitar prejuízo aos pequenos criadores quanto para proteger a avicultura comercial. O Estado é organizado e isso contribui para que ações sejam pensadas e executadas de forma estratégica, ágil e responsável”, complementou Bergoli.

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O gerente de Defesa Sanitária e Inspeção Animal do Idaf, Raoni Cezana Cipriano, falou das ações e da identificação do vírus nas aves silvestres. Reforçou a comunicação e importância da biosseguridade. Ele também destacou que é importante que os produtores não transportem aves vivas sem a Guia de Trânsito Animal (GTA). “O documento é obrigatório para o trânsito e, neste momento de atenção maior para o controle da influenza aviária, é ainda mais necessário que haja atenção máxima a essa questão”, explicou Cipriano.

Segundo o diretor-presidente do Idaf, Leonardo Cunha Monteiro, os servidores do Instituto estão em monitoramento constante das ocorrências em aves silvestres. “A equipe está adotando todos os protocolos de contingenciamento previstos no Plano Nacional de Vigilância de Influenza Aviária, como coleta de amostras, mapeamento das áreas de focos, vistoria nas propriedades com aves, entre outros. Além do Serviço Veterinário Oficial, também envolvemos servidores de outras formações para contribuir no processo de orientação à população”, frisou Monteiro.

O diretor executivo da Aves, Nélio Hand, falou sobre a preparação prévia do setor. “A Prefeitura, a Defesa Civil do município e as demais instâncias da cidade estão se preparando para situações de enfrentamento da enfermidade, caso seja necessário. Fizemos o alinhamento de alguns pontos, destacamos alguns gargalos e também enfatizamos a nossa atenção com as atividades de pequeno porte que não possuem obrigação de serem registradas”, afirmou Hand.

Nélio ressaltou aos presentes que as informações e a mobilização do setor avícola estadual para que ocorra a proteção máxima possível das granjas comerciais e seus plantéis são de suma importância. “Vemos, no entanto, a preocupação dos avicultores com agentes externos que oferecem risco à produção comercial, especialmente os animais de subsistência. Em produções de até mil aves, não existe obrigatoriedade, por legislação, para implantação de regras de biosseguridade nos locais de produção, como ocorre no setor industrial”, destaca.

Segundo ele, neste momento é importante chegar com a informação a toda a população e, fundamentalmente, às propriedades que possuem alguma produção de subsistência ou com menos de mil aves. “Esses produtores precisam proteger seus animais e ao mesmo tempo ficar cientes da necessidade de cadastrar suas propriedades junto ao Idaf”, finalizou o diretor executivo da Aves.

Fonte: Aves

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