Sorteio, dicas, curiosidades e receitas para o Dia Nacional do Café

Foto: Mosaico Imagem

O café é a segunda bebida mais consumida no mundo. Perde apenas para a água

Julio Huber

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Hoje (24) comemora-se o dia da segunda bebida mais consumida no mundo: o café. Para celebrar esse dia, o Portal da Revista Negócio Rural, a Agrocoop e o portal Montanhas Capixabas prepararam uma promoção especial que está acontecendo no instagram da revista, no perfil: @revistanegociorural.

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Para participar, basta seguir as regras que estão na foto oficial da promoção. O prêmio é uma embalagem de 500 gramas do café conilon especial, 500 gramas do café arábica especial e um mini coador. O sorteio será no próximo dia 5 de junho.

Os cafés que serão sorteados são produzidos por produtores cooperados à Agrocoop

Hoje, no Dia Nacional do Café, o Portal da Revista Negócio Rural também trouxe dez dicas de receitas especiais que podem ser feitas com café. Produzido pela Associação Brasileira da Indústria do Café (Abic), o documento pode ser baixando clicando aqui.

A data especial dedicada a essa bebida, que é a paixão do brasileiro, foi criada em 2005, pela Abic. Esse ano, devido à pandemia do coronavírus, a comemoração terá que ser feita e casa, já que na maioria das cidades brasileiras há restrições do funcionamento de estabelecimentos comerciais, como cafeterias e restaurantes.  

De acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), este ano será colhido, no Brasil, entre 57,2 milhões e 62 milhões de sacas de 60 quilos de café. Este ano, a produção movimentará R$ 26,6 bilhões no campo e gerará mais de US$ 5 bilhões em receitas ao país.

Em 2018, o consumo médio de café por ano alcançou 839 xícaras por pessoa, segundo dados da Abic. O Brasil é o maior produtor e exportador mundial de café. Minas Gerais lidera a produção, mas estados como Espírito Santo, São Paulo, Bahia e Paraná também se destacam.

O presidente executivo do Conselho Nacional do Café (CNC), Silas Brasileiro, destaca que a safra 2020 será suficiente para honrar as exportações, que deverão se manter acima de 40 milhões de sacas, e o consumo interno, que provavelmente se mantenha ao redor de 21 milhões de sacas, utilizando toda a colheita deste ano.

“Viemos alertando ao longo dos últimos anos, que é a redução contínua dos estoques de passagem para seus menores níveis históricos, fato que equilibra, no Brasil, a oferta com a demanda”, destaca Silas.  

Ele também reforça as orientações aos produtores e trabalhadores, que adotem as medidas de segurança para evitar o contágio e a propagação da Covid-19 durante a colheita. Silas disse que motivo para celebração é o reflexo dos investimentos realizados em pesquisa e implementação de novas tecnologias no cinturão cafeeiro do Brasil. “Nos últimos 20 anos, quadruplicamos nossa produtividade, para mais de 30 sacas por hectare, elevando nossas safras em áreas cada vez menores destinadas à cafeicultura”, disse.

E por falar em celebração, o trabalho intenso do CNC junto à cadeia produtiva e ao Governo Federal resultou em novo orçamento recorde do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé) para a safra 2020 de café, que rendeu R$ 5,71 bilhões para a atividade, que serão distribuídos por 31 agentes financeiros (confira aqui).

Cafeicultores estão sendo orientados para se prevenir contra o coronavírus

Segundo Brasileiro, a pandemia da Covid-19 desencadeou, além da sanitária, forte crise econômica, resultando em milhares de desempregos em todo o país. Mesmo diante de tamanho cenário triste, o café, mais uma vez, surgiu fortalecendo sua função socioeconômica.

“Os trabalhos de colheita, que se intensificam agora no fim de maio, serão realizados majoritariamente pelos desempregados das cidades onde se localizam os cafezais, sendo alternativa de renda a essa população que se vê em estado financeiro extremamente preocupante. Isto é, a cafeicultura mantém sua relevância econômica e social, contribuindo para alimentar milhares de família nessa fase da colheita”, enfatizou.

Dez curiosidades da bebida que é preferência nacional

Em comemoração ao Dia Nacional do Café, a Secretaria de Agricultura e Abastecimento (SAA) do Estado de São Paulo lista 10 curiosidades sobre a bebida que é preferência nacional e a segunda mais consumida no mundo – só perde para a água. Confira as curiosidades sobre a bebida:

Pesquisa científica com café se iniciou nos tempos do Império

Referência em estudos com cafeeiros, o Instituto Agronômico (IAC), de Campinas, da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, foi fundado por D. Pedro II, em 1887, justamente para estudar os problemas que atingiam o café naquela época. De lá para cá, o IAC nunca mais interrompeu seus estudos e desenvolveu 67 cultivares. O Instituto é responsável também por estudos com café naturalmente sem cafeína, colheita, produtividade e resistência a pragas e doenças, além de qualidade da bebida, característica que conquista fãs mundo afora.

São do IAC as cultivares mais plantadas nos cafezais nacionais e paulistas: chamadas Mundo Novo, Catuaí Vermelho e Catuaí Amarelo; juntas, elas representam cerca de 80% do café arábica produzido no Brasil. O tipo arábica é aquele usado para produzir a bebida nas casas dos brasileiros. A produção nacional responde por 2/3 do volume mundial desse tipo de café.

Café é um dos principais produtos do agro paulista e brasileiro

Entre de 35% e 40% do café consumido no mundo são produzidos no Brasil, segundo dados do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), sendo que em 2020 o país deve ter safra recorde, de 70 milhões de sacas, aproximadamente. Na B3, o café é um dos contratos futuros mais comercializados diariamente. Em São Paulo, o café ocupa o quinto lugar no valor da produção agropecuária do Estado e em seu porto de Santos há o embarque de 80% do café exportado.

Café é desenvolvimento

No Estado de São Paulo, a cultura foi responsável pelo desenvolvimento de vários setores, por exemplo, as ferrovias, destinadas ao escoamento da produção, lembra Sérgio Parreiras Pereira, pesquisador do IAC. “Nosso Estado reúne o maior volume de café industrializado do Brasil e o maior mercado brasileiro de cafés especiais, sendo que está no IAC o programa de pesquisa de cafés especiais”, afirma Pereira.

Cidade de São Paulo tem um dos maiores cafezais urbanos do Brasil

São Paulo é um dos Estados mais tradicionais no cultivo de café e sua produção é distribuída em duas regiões: Mogiana e Centro-Oeste. O que muita gente não sabe é que na capital paulista existe um dos maiores cafezais urbanos do País, com dois mil pés de café arábica plantados em sistema orgânico. O cafezal fica na sede do Instituto Biológico (IB-APTA), órgão de pesquisa ligado à SAA. Anualmente, no local é realizado o evento Sabor da Colheita, em que o público pode conhecer o espaço e colher café no pé. Neste ano, em razão da pandemia do novo coronavírus, a festa foi cancelada.

Maior coleção de plantas vivas de café do Brasil fica em SP

A Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo mantém em Campinas, no IAC, o mais importante banco de germoplasma de café do Brasil, onde são preservadas 15 espécies das cerca de 126 existentes no mundo. A coleção de plantas vivas é essencial para a realização de estudos – sem elas, não se faz pesquisa e sua manutenção requer muito trabalho e investimento. “Existem no mundo cerca de 126 espécies de café; 57 delas endêmicas em Madagascar; a grande maioria das demais encontra-se distribuída pelo continente africano e, umas poucas, na Ásia”, diz Oliveiro Guerreiro, pesquisador do IAC.

Café ajuda a prevenir doenças

Pesquisas realizadas em países como o Brasil, os Estados Unidos e o Japão, bem como em continentes como o europeu, revelam que o consumo moderado de café de boa qualidade pode fazer muito bem à saúde, prevenindo algumas doenças como o mal de Parkinson, o câncer de cólon, o diabetes e a cefaleia. Os benefícios se devem às propriedades antioxidantes e à proteção dos neurônios. Segundo nutricionistas da Secretaria de Agricultura, quando o café é processado, os ácidos clorogênicos tornam-se quinídeos, atuantes no sistema nervoso central, melhorando o estado de humor e o mecanismo de gratificação, prevenindo o aparecimento de depressão.

Bebida pode ser consumida por estudantes de todas as idades

A cafeína presente no café estimula a vigília, a concentração, o aprendizado e a memória. A bebida pode ser consumida por crianças e, principalmente, por estudantes de todas as idades, de acordo com nutricionistas da SAA, que lembram ser preciso consumir de forma moderada, pois, em excesso, pode causar insônia, dor de cabeça e diarreia.

Nutricionistas recomendam consumo de três a cinco xícaras de café por dia

A ingestão diária recomendada da bebida é de três a cinco xícaras pequenas, por dia, o que corresponde a 150 a 300mg de cafeína/dia, aproximadamente. Não há nenhuma evidência de que o consumo moderado de café, por indivíduos saudáveis, seja prejudicial. Porém algumas pessoas são mais sensíveis aos efeitos da cafeína e, nesses casos, o consumo deve ser evitado.

Ingrediente obtido da casca do café pode ser usado na indústria de alimentos e de cosméticos

Dentre as pesquisas do Instituto de Tecnologia de Alimentos (ITAL-APTA) destacam-se, junto ao IAC, o desenvolvimento de processo inédito para obtenção de ingrediente fonte de cafeína a partir da casca do café robusta sem o uso de solvente, com pedido de patente depositado no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI). O ingrediente natural pode ser usado como fonte de cafeína na indústria de alimentos e bebidas não alcoólicas de baixo valor calórico e energético natural, além de ter aplicação na formulação de cosméticos e fármacos naturais.

Para fazer um bom café pode-se ferver a água, sim, mas levemente

Muita gente pergunta qual a receita para se fazer um bom café. Neste quesito, o pesquisador da APTA, Daniel Gomes, dá cinco dicas certeiras. Confira:

1. Utilize um bom café. Se tiver acesso a cafés do tipo especial, ótimo. Se não, escolha cafés do Programa de Qualidade do Café (PQC), da Abic, que oferece notas de Qualidade Global (QG) dos cafés vendidos no país.

2. Prefira moer os grãos na hora, para obter o máximo de sabor e aroma da bebida.

3. Evite usar água clorada, pois ela reage negativamente com os óleos essenciais do café. “Uma pergunta frequente é: pode-se ferver a água? A resposta é sim, desde que levemente, e sempre deixe a água parar de borbulhar antes de usá-la”, diz Gomes.

4. Existem diversos métodos de preparo do café, mas a receita padrão é: quatro a cinco colheres (sopa) de pó, para cada litro de água.

5. Bons cafés dispensam açúcar!

Com informações: CNC e Secretaria de Agricultura e Abastecimento (SAA) do Estado de São Paulo

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