UPL valoriza agricultores que transformam o solo em aliado contra as mudanças climáticas

Falar em mudanças climáticas passa, cada vez mais, pelo chão que sustenta a produção de alimentos. O manejo do solo desponta como uma das soluções naturais mais eficientes para reduzir impactos ambientais, aumentar a resiliência das lavouras e garantir produtividade no longo prazo. Solos bem cuidados armazenam carbono, protegem recursos hídricos, recuperam a biodiversidade e ajudam a equilibrar o sistema produtivo frente a um clima cada vez mais instável.
Esse foi um dos principais debates apresentados durante a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30), realizada em Belém (PA). No evento, o Grupo UPL, fornecedor global de soluções agrícolas sustentáveis, apresentou a campanha #AFarmerCan (“um agricultor pode”, em tradução livre), reunindo histórias reais de produtores da América Latina, África e União Europeia que vêm transformando a agricultura por meio de inovação, diversidade produtiva e manejo regenerativo.
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No Brasil, um desses exemplos vem do Centro-Oeste. Em Silvânia (GO), a produtora Angela van Lieshout transformou a Fazenda Gaulanda em referência em sustentabilidade. Em uma área de cinco mil hectares, onde cultiva soja, milho, feijão e trigo, ela aposta em rotação de culturas, plantio direto, integração lavoura-pecuária, uso de energia solar e restauração de áreas de vegetação nativa. O foco central está na saúde do solo, fortalecida com biossoluções que estimulam a biologia do ambiente e reduzem impactos ambientais, sem abrir mão da produtividade.
A mesma lógica orienta o trabalho da produtora Nicol Padilla, no Vale do Maule, no Chile, região reconhecida pela produção de frutas e vinhos. Ao substituir práticas convencionais por insumos biológicos e técnicas regenerativas, Nicol conseguiu devolver vitalidade aos pomares e vinhedos. O resultado aparece no aumento da biodiversidade, na melhoria da matéria orgânica e na maior capacidade do solo de reter carbono, reforçando o papel do manejo regenerativo como aliado da resiliência produtiva.
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Na Europa, a agricultora Mariella Yordanova conduz uma experiência semelhante na região de Ludogorie, na Bulgária. A combinação entre genética moderna, plantas de cobertura e métodos sustentáveis de proteção de cultivos tem contribuído para elevar a fertilidade do solo e reduzir a dependência de insumos sintéticos, mostrando que inovação e conservação caminham juntas.
Segundo Juliana Modesto dos Santos, gerente de relações governamentais da UPL Brasil, essas histórias revelam um movimento crescente no campo. Produtoras rurais têm ampliado sua presença e protagonismo ao adotar práticas que conciliam eficiência produtiva e responsabilidade ambiental. Para ela, falar em saúde do solo também significa falar de visão de longo prazo, cuidado e inovação — valores que se refletem diretamente no manejo das propriedades.
O respeito à terra também guia experiências em outras regiões do mundo. No Oeste da Bahia, o agricultor Rodrigo Loureiro aposta na agricultura regenerativa com o cultivo diversificado de espécies como sorgo, milheto, crotalária, mamona e soja. A estratégia mantém o solo ativo durante todo o ano, fortalece a biologia do ambiente e reduz riscos climáticos. Tecnologias biológicas voltadas ao estímulo do sistema radicular e à absorção eficiente de nutrientes completam o manejo, garantindo plantas mais resistentes desde o início do ciclo.
Na África, esse cuidado com o solo assume dimensão coletiva. Na Costa do Marfim, Ambroise N’Koh administra sua própria fazenda de cacau e mobiliza cerca de 1.500 pequenos produtores de 24 vilarejos para restaurar áreas degradadas e revitalizar o cultivo do cacau. O esforço conjunto resultou em um salto expressivo de produtividade, que passou de cerca de 400 quilos por hectare para aproximadamente 1.000 quilos por hectare.
Mesmo em ambientes desafiadores, como solos arenosos e regiões de baixa disponibilidade hídrica, o manejo regenerativo tem mostrado resultados. Na Alemanha, o agricultor Till Bathge testou tecnologias biológicas integradas ao manejo em sua lavoura de milho e observou plantas mais vigorosas, raízes profundas, melhor acesso à água subterrânea e maior resistência aos períodos de estiagem.
Além das práticas no campo, a participação em programas e iniciativas voltadas à sustentabilidade tem papel decisivo na consolidação dessas transformações. No Brasil, Angela van Lieshout integra o Programa Soja Baixo Carbono (PSBC), da Embrapa, que busca certificar sistemas produtivos com foco na redução das emissões de gases de efeito estufa. Na Costa do Marfim, Ambroise N’Koh lidera Escolas de Campo para Agricultores, disseminando técnicas sustentáveis entre pequenos produtores.
A educação também é parte central desse processo no Brasil. Criado em 2007 pela UPL em parceria com o Instituto Agronômico (IAC), o programa Aplique Bem leva capacitação técnica diretamente às propriedades rurais. Ao longo dos anos, mais de cinco mil treinamentos presenciais foram realizados, impactando mais de 90 mil pessoas e reduzindo riscos ambientais e de contaminação. O modelo se mostrou tão eficiente que já foi levado a outros países, incluindo a própria Costa do Marfim.
Durante toda a COP30, essas histórias ganharam visibilidade no espaço Agrosfera, ambiente exclusivo da UPL dentro da AgriZone, área do evento criada pela Embrapa. Ali, a campanha #AFarmerCan mostrou que agricultores de diferentes realidades estão transformando a agricultura em uma força positiva para o planeta. Ao regenerar o solo, conservar água, reduzir emissões e proteger a biodiversidade, esses produtores reforçam uma mensagem clara: quando o agricultor muda, toda a sociedade se beneficia.
Fonte: Texto Comunicação Corporativa
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