Pesquisa aponta que café pode contribuir para o envelhecimento saudável

Foto: Freepik

Para os amantes do café, uma notícia pode ser um motivo a mais para consumir a bebida. E, para quem não é tão fã assim, pode passar a repensar a inclusão do café no dia a dia. Um estudo observacional apresentado na Sociedade Americana de Nutrição encontrou uma associação positiva entre o consumo de café e o envelhecimento saudável em mulheres.

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Hoje (1º de outubro), data em que se celebra o Dia Internacional do Café, essa pesquisa traz uma perspectiva estimulante para tornar a segunda bebida mais consumida no mundo cada vez mais um hábito diário.

A pesquisa acompanhou mais de 47 mil enfermeiras por décadas e revelou que aquelas que consumiam mais cafeína, o equivalente a quase sete xícaras pequenas de café por dia, entre 45 e 60 anos, tinham 13% mais chances de atender aos critérios de envelhecimento saudável. Esses critérios incluem boa saúde física e mental, ausência de comprometimento cognitivo e liberdade frente a 11 doenças crônicas importantes. O benefício foi observado principalmente entre as que consumiam café com cafeína, e não descafeinado ou chá.

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A nutróloga da Afya Educação Médica de Montes Claros (MG), Juliana Couto Guimarães, informa que a quantidade exata no dia a dia pode variar conforme fatores individuais como sensibilidade à cafeína, peso corporal, metabolismo e até hábitos de consumo. “Para a maioria dos adultos saudáveis, a ingestão considerada segura de cafeína é de até 400 mg por dia. Isso equivale, em média, a 3 a 4 xícaras de café coado (xícaras de 150 ml, também chamadas de “xícaras pequenas” em cafeterias)”.

A especialista esclarece que esse nível de consumo apresentado na pesquisa representa uma alta ingestão de cafeína, com aproximadamente 500 a 600 mg por dia. “Embora algumas pessoas possam tolerar bem essa quantidade, ela excede a dose considerada segura (400mg). O consumo excessivo de cafeína pode aumentar o risco de insônia, ansiedade, palpitações cardíacas, agitação, refluxo gástrico e outros desconfortos gastrointestinais. Pessoas com doenças cardiovasculares, transtornos de ansiedade, distúrbios do sono ou sensibilidade à cafeína devem ter atenção redobrada, pois esses efeitos podem ser mais acentuados”, complementa a médica da Afya Educação Médica de Montes Claros.

CONSUMO NO BRASIL – O café continua sendo uma das bebidas mais consumidas no Brasil. Em 2024, o consumo de café industrializado atingiu 22 milhões de sacas, de acordo com a Associação Brasileira da Indústria de Café (ABIC). A preferência nacional pela bebida se reflete em uma distribuição significativa: o Sudeste lidera com 41,7% do consumo, seguido pelo Nordeste (26,9%) e pelo Sul (14,6%). Esses números consolidam o papel do Brasil não apenas como maior produtor mundial, mas também como um dos maiores consumidores de café do planeta.

Além da relevância econômica, o café também se destaca pelos seus benefícios à saúde. A médica da Afya ressalta que o café vai muito além do efeito estimulante atribuído à cafeína. Segundo Juliana, a bebida é rica em compostos bioativos, como polifenóis e antioxidantes, que têm ação anti-inflamatória e podem ajudar na prevenção de diversas doenças.

“Estudos associam o consumo regular e moderado de café a uma redução no risco de doenças cardiovasculares, neurodegenerativas (como Alzheimer e Parkinson) e até alguns tipos de câncer. Outros efeitos positivos incluem uma menor incidência de diabetes tipo 2, melhora no desempenho cognitivo, além de potenciais benefícios para o humor e a longevidade”, destaca.

No cenário global, as perspectivas também são otimistas. Segundo estimativas do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), a safra mundial de café para o ciclo 2025/2026 deve alcançar 178,7 milhões de sacas, um novo recorde histórico. O aumento de 2,47% em relação ao ciclo anterior será impulsionado pela recuperação produtiva no Vietnã e na Indonésia, além de uma colheita expressiva na Etiópia. No Brasil, a previsão é de uma safra robusta, com 65 milhões de sacas, somando as variedades arábica e robusta.

Fonte: Midiaria

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