Parceria entre ES Gás e CCCV quer modernizar a secagem do café capixaba com uso de gás natural

Foto: 7D Produções

A cafeicultura capixaba deu um passo importante rumo à modernização. Durante a Feira Internacional de Café Conilon (FICC), realizada em Jaguaré, o Centro do Comércio de Café de Vitória (CCCV) e a ES Gás anunciaram uma parceria voltada à adoção do gás natural na etapa de secagem do café. A iniciativa pretende oferecer ao produtor uma alternativa mais limpa, eficiente e alinhada às exigências de sustentabilidade que hoje orientam os mercados interno e externo.

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A proposta surge em um momento em que a cadeia produtiva busca soluções capazes de elevar a qualidade da bebida e reduzir impactos ambientais. Em diversas regiões do Estado, a secagem ainda depende de lenha, o que gera maior emissão de fumaça, fuligem e dificulta o controle preciso da temperatura. O novo modelo pretende transformar esse cenário ao introduzir uma tecnologia mais estável, segura e com maior capacidade de padronização dos lotes.

A parceria se apoia em quatro frentes estratégicas: logística e abastecimento, redução de impactos ambientais, melhoria da qualidade do café e aumento da competitividade. Para Fabio Bertollo, diretor-presidente da ES Gás, a transição energética representa uma oportunidade de avanço para todo o setor. Ele destaca que o gás natural oferece um processo de secagem mais limpo, seguro e regular, reduzindo riscos de queima direta do grão e garantindo maior uniformidade nos resultados.

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Os benefícios não se restringem ao aspecto ambiental. O uso do gás natural melhora as condições de trabalho ao praticamente eliminar a fumaça e a fuligem geradas pela queima de lenha e palha. A possibilidade de controle preciso da temperatura reduz perdas e agrega valor ao produto final, ponto considerado decisivo para mercados que exigem rastreabilidade, qualidade e processos sustentáveis.

Para Fabrício Tristão, presidente do CCCV, a iniciativa reforça o protagonismo do Espírito Santo no cenário nacional e internacional do café conilon. Segundo ele, a modernização da secagem pode elevar ainda mais o padrão da bebida produzida no Estado e abrir novas oportunidades de mercado para produtores, cooperativas e exportadores.

As duas instituições iniciarão estudos técnicos que envolvem análise de polos produtivos, projeções de demanda, testes regionais, definição de modelos logísticos e articulação com produtores e indústrias. A intenção é construir uma solução viável e escalável, capaz de ser implementada gradualmente nas principais regiões cafeeiras.

Fonte: CCCV

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