Empresa alemã do agronegócio investe mais de US$ 100 milhões em retorno ao Brasil

A multinacional alemã DVA Agro (Parte do Grupo Alemão DVA GmbH), sediada em Hamburgo, especialista na proteção de cultivos, nutrição vegetal e adjuvantes especiais para a agricultura sustentável, acaba de anunciar o retorno de suas atividades no Brasil.

A empresa com mais de 50 anos de experiência presente na Europa, América Latina, Ásia e África, e que há cinco não operava no território brasileiro, está investindo mais de US$ 100 milhões na retomada. Na estratégia, além da construção de um laboratório próprio de pesquisa e a contratação de novos profissionais, a companhia lançará um portfólio completo e ainda planeja a instalação de fábrica própria até 2023.

Anúncio

A expectativa do grupo no mercado brasileiro é grande, e a projeção é que o país até 2026 seja responsável sozinho por 50% do faturamento global da companhia. “O Brasil é um dos pilares da estratégia global da marca, além de ter grande potencial. Estamos retornando de maneira estruturada e tecnificada. Além disso, aprendemos como fazer negócio aqui, entendemos quais são as necessidades do agro em todos os níveis da cadeia e definimos nossa estratégia de acesso de acordo com cada particularidade do mercado. A DVA tem um nome e credibilidade forte em todo o mundo e é uma questão de tempo para termos o nosso Mindshare do produtor rural brasileiro”, diz o diretor executivo global de agro da companhia, João Aleixo.

Anúncio

A empresa, por questões estratégicas, em 2015 resolveu pausar as atividades no Brasil onde atuou por 15 anos, mas, segundo Aleixo, a DVA nunca deixou a agricultura brasileira fora da estratégia global da CIA. Afinal, o país é um dos maiores mercados do mundo de agroquímicos e somando com outras linhas de produtos como Crop Nutrition, adjuvantes e biológicos, passa a ser mais importante dentro da marca de forma mundial. “A decisão sempre existiu. O ponto era: quando seria o melhor momento para iniciar de novo as operações no Brasil? E em 2017 começamos a estruturar esse retorno com os primeiros registros de produtos de proteção de cultivos”, afirma.

Ainda segundo Aleixo, um ponto importante é que a DVA resolveu voltar ao Brasil um pouco diferente. “Tomamos a decisão de ter a nossa própria linha de Crop Nutrition, para isso, montamos uma operação do zero, incluindo profissionais, técnicos, marketing, fábrica, plant piloto e laboratório de R&D, no Sul da Espanha, região conhecida como o “Vale do Silício” da nutrição vegetal”, aponta. Lembrando que a companhia acessa mais de 50 países com mais de 70 produtos desenvolvidos ao longo dos anos.

O foco inicial destas soluções será primeiramente culturas intensivas como frutas e vegetais na região de Petrolina (PE), Mossoró (RN), Espírito Santo, Bahia, São Paulo e região do Triângulo e Sul de Minas (MG), e depois entrará fortemente nas mais extensivas como soja, milho, algodão e cana-de-açúcar.

INVESTIMENTO – Para o projeto Brasil, a DVA, destinou nos últimos quatro anos o investimento de US$ 20 milhões somente em registro. Além disso, o plano conta com mais US$ 65 milhões de capital de giro. Somado a esse aporte, tem também a quantia de US$ 15 milhões de dólares referente à estrutura. “No total estamos falando de uma inversão de um investimento da ordem de US$ 100 milhões de dólares em cinco anos”, ressalta o diretor.

Um dos pilares dessa sólida retomada é a construção de um novo laboratório no interior de São Paulo, que será anunciado em breve. A empresa, que já conta com laboratórios na Argentina, Espanha e China, aposta que a estrutura no Brasil vai dar maior velocidade, para que as soluções cheguem ao campo muito mais rápido para o agricultor.

Segundo o diretor, a ideia neste primeiro momento é focar pesquisa, inovação e prova de conceito no Brasil. Já a etapa de desenvolvimento ficará concentrada na Argentina. “Temos uma fábrica relativamente grande lá, com planta piloto. Conseguimos levar a pesquisa para o laboratório fazer uma transferência de tecnologia para a planta piloto e aí também para a manufatura”, ressalta.

Mas, tudo andando bem conforme o planejado, a empresa já planeja a construção de uma fábrica de nutrição em solo brasileiro. “Já estamos conversando com algumas prefeituras no Estado de São Paulo, verificando o melhor lugar para termos a fábrica em termos de logística, em breve haverá mais novidades sobre as próximas etapas”, finaliza Aleixo.

Fonte: Rural Press

Anúncio

Anúncio

Últimas notícias

Programa de capacitação ensina moradoras de Cachoeirinha a administrarem o próprio negócio

Foto: Divulgação Administrar o próprio negócio é uma ferramenta fundamental para o empreendedorismo. ...

Abertura de mercado para carne de aves no Lesoto

O Brasil abriu mercado para a exportação de 121 novos produtos agropecuários em ...

Inovação e perspectiva de mercado serão os assuntos da palestra magna da Favesu 2024

Foto: Multipalestras A organização da Feira de Avicultura e Suinocultura Capixaba (Favesu 2024) ...

Silos em alagamentos podem produzir gases explosivos

O alagamento de silos usados para armazenagem pode fazer com que os grãos ...

Prenhez da vaca Viatina-19 FIV rende R$ 3 milhões no leilão Agro Solidário

Foto: Divulgação Os pecuaristas brasileiros deram uma demonstração de solidariedade e contribuíram com ...