Projeto Harpia comemora nascimento de mais um filhote da ave no Espírito Santo

O Projeto Harpia – Núcleo Mata Atlântica, que conta com a participação de pesquisadores da Ufes, comemora o nascimento de mais um filhote da ave em um ninho no Espírito Santo. O recém-nascido foi localizado na Reserva Biológica de Sooretama, no norte capixaba, e está sendo monitorado pelos pesquisadores.

Outro ninho também foi encontrado no sul da Bahia, com um casal de harpia e um filhote jovem já batendo asas. São dois casos recentes de reprodução bem-sucedida, considerando que a ave, também conhecida como gavião-real, sofre ameaças extremas e se encontra em processo de extinção.

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Para os pesquisadores, a reprodução da ave representa um dado positivo para o projeto. Porém, um outro filhote fêmea, nascido na Reserva Natural Vale, em Linhares, batizada de Aruana – resgatada, monitorada e devolvida à natureza –, foi abatida neste ano, pouco depois de completar dois anos de vida.

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MONITORAMENTO – Com o nome de Programa de Conservação do Gavião-Real (PCGR), o Projeto Harpia é vinculado ao Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA) e surgiu em 1997, após a descoberta de um ninho de gavião-real (Harpia harpyja) numa floresta próxima à região de Manaus. Em 1999, foram definidas metas para ampliar a identificação, mapeamento e monitoramento de ninhos. O projeto conta com o apoio de pesquisadores parceiros, voluntários, estudantes e bolsistas na coleta de dados, educação ambiental e divulgação de informações no entorno de ninhos.

Diversos ninhos de gavião-real são monitorados na Amazônia e Mata Atlântica. As áreas protegidas do norte do Espírito Santo e sul da Bahia são os únicos locais da Mata Atlântica com casais de harpia conhecidos se reproduzindo.

Segundo Aureo Banhos dos Santos, professor do Departamento de Biologia do Centro de Ciências Exatas, Naturais e da Saúde (CCENS), do campus da Ufes em Alegre, e coordenador do núcleo do Projeto Harpia – Mata Atlântica, as atividades do projeto foram bastante prejudicadas nos últimos dois anos por conta da pandemia de covid-19, mas o objetivo é retomar a atuação plenamente em 2022.

No Espírito Santo, o projeto é apoiado pela empresa Vale; na Bahia, pela empresa Veracel. Nos dois estados o projeto tem o apoio da Ufes, da Fundação Espírito-santense de Tecnologia (Fest), e do Instituto Últimos Refúgios, além das organizações não governamentais Beauval Nature, da França, e de Tiergarten Nuernberg, da Alemanha.

Fonte: Ufes

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