Café solúvel quebra de recordes em 2021 e exporta para 98 países

Em mais um ano marcado pelo agravamento da pandemia mundial da Covid-19, que desencadeou imbróglio na cadeia logística mundial, com falta de contêineres e navios e a elevação dos fretes, e um aumento sem precedentes históricos dos preços internacionais do café, o segmento de solúvel do Brasil se mostrou resiliente e, com profissionalismo e investimentos das indústrias, bateu recordes em exportação e consumo interno.

Segundo dados da Associação Brasileira da Indústria de Café Solúvel (Abics), o setor exportou para 98 países, o equivalente a 4,09 milhões de sacas de 60 kg do produto, o que representou um novo recorde ao avançar 0,6% na comparação com as 4,07 milhões de sacas registradas em 2020, até então o maior volume. Em receita cambial, o Brasil obteve US$ 566,2 milhões, superando em 6,1% as divisas alcançadas em 2020 (US$ 533,6 milhões).

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Conforme Aguinaldo Lima, diretor de Relações Institucionais da entidade, os resultados de 2021 foram surpreendentemente positivos diante de um cenário “surreal” de entraves logísticos e disparada nos preços da matéria-prima. “O desempenho evidencia a capacidade de produção do café solúvel brasileiro, com nossas indústrias demonstrando resiliência. O crescimento de 0,6% é discreto, mas resultou no terceiro ano consecutivo de recorde histórico do volume exportado”, comenta.

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No mercado interno, o segmento também teve desempenho expressivo, com o consumo equivalente a 985,3 mil sacas, ou o melhor desempenho na série histórica estatística da Abics, que adotou nova metodologia de coleta de informações mensais junto às indústrias nacionais. Esse montante implicou elevação de 5,9% na comparação com as 930,2 mil sacas consumidas em 2020.

“Internamente, o crescimento vigoroso foi proporcionado por uma maior percepção, por parte dos consumidores brasileiros, das qualidades e da versatilidade do café solúvel, que resultam do abraço das indústrias nacionais e das detentoras das grandes marcas à campanha ‘Descubra Café Solúvel’, coordenada pela Abics, nas redes sociais e junto a profissionais de barismo e cafeterias”, revela.

FUTURO – O diretor da Abics recorda que 2021 foi um ano marcado por grandes investimentos tecnológicos para modernização e ampliação do parque produtivo das indústrias brasileiras. Novas unidades de processamento começaram a operar nos Estados do Espírito Santo e Paraná, além da previsão para o início das atividades, também em solo capixaba, de mais uma unidade no início de 2023.

“Esses investimentos, somados, ultrapassam R$ 1 bilhão e geram centenas de empregos, contribuindo com o social e a economia nesses Estados. Quando todas essas unidades estiverem em pleno funcionamento, no ano que vem, a capacidade de produção brasileira crescerá 18%, o que consolidará, ainda mais, o país como o maior parque industrial do mundo”, conclui Lima.

Fonte: Abics

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