Comitiva dos EUA visita propriedades produtoras de manga para exportação

Uma comitiva do governo dos Estados Unidos visitou, no mês de setembro, propriedades produtoras de manga, em Petrolina (PE), que exportam a fruta para aquele país. A inspeção anual, que avalia a qualidade das frutas, faz parte do Programa de Exportação de Mangas para os Estados Unidos e estava suspensa há dois anos em razão da pandemia de Covid-19. Foi retomada agora com o início da temporada 2021 de exportação de manga.

O grupo foi recebido por representantes do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), das superintendências federais de Pernambuco e da Bahia, do Vigiagro, das agências de defesa agropecuária dos dois estados e por produtores de fruticultura irrigada da Associação dos Produtores e Exportadores de Hortigranjeiros e Derivados do Vale do São Francisco (Valexport).

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As packing houses (instalação onde a fruta é processada antes de chegar ao mercado) do Vale do São Francisco são fiscalizadas pelo Mapa, especialmente em relação à adoção de tratamento hidrotérmico e controle de pragas, como a mosca-da-fruta.

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“Foi um encontro importante para mostrar a força e a importância que o programa de exportação de frutas irrigadas têm para o Brasil”, afirmou o superintendente federal de agricultura em Pernambuco, Carlos Ramalho.

Após a reunião técnica, a comitiva, composta por Jessica L. Simon (cônsul-geral dos Estados Unidos em Recife) e Kelsey Branch (diretora do Animal and Plant Health Inspection Service para América do Sul – serviço do Ministério da Agricultura dos Estados Unidos para inspeção sanitária, visitou pomares, packing houses e vinícolas.

EXPORTAÇÃO DE MANGA – Em 2020, as exportações da manga nacional atingiram o valor de U$S 246,9 milhões, com a venda de 243,2 mil toneladas, segundo o Observatório do Mercado de Manga da Embrapa Semiárido (PE). Em volume de exportação, os números representaram um aumento de 13% em relação a 2019, se mantendo acima da média durante todo o ano.

As variedades Tommy Atkins têm como principal destino o mercado norte-americano; e Kent, Keitt e Palmer, para a Europa.

A região do Vale do São Francisco, situada no semiárido nordestino, lidera a exportação da manga nacional, com 212,2 mil toneladas no último ano, correspondendo a 87% do total exportado da fruta pelo Brasil.

As águas do Rio São Francisco que abastecem os distritos de irrigação fazem da manga a fruta mais cultivada e com maior importância econômica e social na região. Segundo informações do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada da Universidade de São Paulo (Cepea/USP), a área plantada em 2020 foi de 49 mil hectares, a maior do Brasil. 

Com o uso da irrigação e a disponibilidade de sol, a região consegue manter a produção da fruta durante todo o ano, abastecendo os mercados interno e externo.

As variedades mais plantadas são Palmer, Tommy, Kent e Keitt, apesar de se encontrar outras, como Haden, Ataulfo, Rosa e Espada Vermelha.

A mangicultura do semiárido também é conhecida pelos altos rendimentos alcançados e pela qualidade da fruta. Mesmo sendo uma atividade altamente intensiva em tecnologia, é cultivada na região por pequenos e grandes produtores, um resultado favorecido pela ampliação dos investimentos e linhas de crédito e também pela pesquisa agropecuária, com a disponibilização de pacotes tecnológicos cada vez mais precisos.

Fonte: Mapa

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