Embrapa alerta sobre elevado índice de sementes de soja esverdeadas

Os pesquisadores da Embrapa Soja têm recebido diversos relatos sobre o elevado índice de sementes de soja esverdeadas – superiores a 50% – na safra 2019/2020, em diversas regiões brasileiras. “As sementes com coloração intensa de verde ou mesmo esverdeadas, geralmente apresentam elevados índices de deterioração, que podem levar a redução da germinação, do vigor e da viabilidade de lotes de soja”, alerta o pesquisador José de Barros França Neto.

“Ainda não temos um levantamento de quantos lotes serão descartados, mas podemos dizer que os produtores de semente terão prejuízo com o elevado índice de sementes esverdeadas”

José de Barros França Neto – pesquisador

Dados da Embrapa Soja, em conjunto com a Universidade Federal de Lavras (UFLA), sugerem que em pré-colheita, níveis de até 9,0% de sementes esverdeadas poderão ser tolerados. Acima deste valor, é preciso retirar as sementes esverdeadas dos lotes, o que acarretará elevação nos custos. “A remoção de sementes esverdeadas pode ser realizada por equipamentos selecionadores de cores, que, apesar de caros, removem grande parte dessas sementes esverdeadas”, diz França.

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Além disso, como as sementes esverdeadas são menores, a classificação por tamanho das sementes pode resultar em melhoria da qualidade fisiológica do lote de semente. “Desta forma, a maior concentração de sementes esverdeadas ocorrerá nas menores classes de tamanho, que poderão ser descartadas; as sementes das classes maiores, por terem um menor porcentual dessas sementes, tenderão a apresentar melhores germinação e vigor”, diz França Neto. Segundo ele, para preservar a qualidade das sementes durante o armazenamento, as sementes devem estar em condições climatizadas de 10 a 15ºC e 60% UR. 

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CAUSA – Segundo a Associação Brasileira de Sementes e Mudas (Abrasem), o Brasil produziu aproximadamente 3 milhões de toneladas de sementes de soja, na safra 2018/19. Para França Neto, o problema das sementes esverdeadas está relacionado à ocorrência de seca, na última safra, associado a elevadas temperaturas nas fases de enchimento de grãos e em pré-colheita. “Isso resultou em morte prematura das plantas e na maturação forçada das sementes. Com isso, as duas principais enzimas associadas à degradação da clorofila (magnésio quelatase e clorofilase) foram desativadas, culminando na produção de altos níveis de sementes esverdeadas”, relata França Neto.

Fonte: Embrapa

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