Entidade alerta sobre o risco ao agronegócio se os portos forem fechados

O agronegócio brasileiro é responsável por 23,5% do Produto Interno Bruto (PIB)

Julio Huber

Preocupada com o agravamento dos casos de coronavírus (Covid-19) no Brasil, a Associação Brasileira do Agronegócio (ABAG) divulgou um comunicado, nesta quinta-feira (19), informado sobre o risco de desabastecimento se ocorrer o fechamento do Porto de Santos (SP), como ameaçado pelos estivadores.

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A entidade, que congrega 14 entidades e 71 empresas de toda a cadeia do agronegócio, destaca pontos que considera essenciais na manutenção da oferta de proteínas vegetais e animais.

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De acordo com a ABAG, o agronegócio brasileiro é o setor responsável por 23,5% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional, bem como por 42% das exportações, sendo a China o maior parceiro comercial.

“Nossa grande responsabilidade nesse momento de crise é principalmente garantir que as pessoas não precisem se preocupar com a escassez de alimentos. Diante disso, precisamos destacar que as atividades agropecuárias são notoriamente sujeitas aos aspectos da sua sazonalidade, assim, dependem do momento exato para serem plantadas, adubadas e tratadas. Diferente do comércio e indústria, seus principais insumos (fertilizantes, sementes, rações, defensivos, entre outros) tem local e momento certos para serem pontualmente utilizados”, destaca um trecho do comunicado da entidade.

Além dos insumos, a ABAG lembrou que também é vital para a disponibilidade de máquinas e equipamentos em perfeito funcionamento, com possibilidade de manutenção e venda de peças para reposição em curto espaço de tempo e em processo continuo.

“Assim, quaisquer ações ou decretos, sejam eles municipais ou estaduais que proponham o fechamento irrestrito do comércio e/ou prejudiquem a logística de distribuição, podem vir a causar sérios impactos à produtividade agrícola, trazendo externalidades negativas e comprometendo assim o abastecimento de alimentos à população, com consequências à saúde humana, além do prejuízo ao saldo da balança comercial brasileira, com graves consequências para a nossa economia”, reforça a entidade.

Diante dos assuntos abordados, a entidade nacional solicita a atenção de todas as autoridades para envidarem todos os esforços possíveis para manutenção do funcionamento da estrutura logística portuária, rodoviária e ferroviária, resguardando os procedimentos de proteção, controle a assistência aos trabalhadores envolvidos nessa cadeia.

“Isso se faz necessário para garantir o abastecimento deste essencial, prioritário e estratégico setor da economia, seja para o abastecimento das fábricas produtoras de insumos, seja na cadeia de distribuição ou ainda no produtor rural, para que assim o Brasil tenha uma safra robusta e segura e, portanto, uma população alimentada e saudável para enfrentar desafios como o que ora enfrentamos”, finaliza o comunicado.  

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