Projeto valoriza o protagonismo feminino no café em 22 cidades capixabas

Em 2024, o projeto Mulheres do Café espalhou conhecimento e oportunidades por 22 municípios capixabas, transformando a cafeicultura no Espírito Santo. A iniciativa do Governo do Estado, inédita por aqui, tem como missão capacitar e valorizar as cafeicultoras na produção de cafés especiais, fortalecendo o papel feminino no campo e promovendo igualdade de gênero na atividade agrícola mais importante do estado.

O projeto é liderado pelo Incaper (Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural) e integra o Inovagro – programa de incentivo à inovação agropecuária, coordenado pela Seag (Secretaria da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca) em parceria com a Fapes (Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Espírito Santo).

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Com uma série de cursos, palestras, oficinas e dias de campo, o Mulheres do Café ensina desde técnicas de adubação até torra e análise sensorial, abrindo portas para a produção de cafés de alta qualidade. Ao todo, 41 atividades reuniram quase mil participantes, com destaque para o Dia de Campo em São José do Calçado, que atraiu 300 mulheres de diversas regiões.

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As ações também passaram por Muniz Freire, Alegre, Dores do Rio Preto, Ibatiba, Alto Rio Novo, Muqui, Linhares, Guaçuí, Afonso Cláudio, Água Doce do Norte, Nova Venécia, Jaguaré, Vitória, e mais.

A coordenadora do projeto e extensionista do Incaper, Patrícia Matta, celebra o impacto do trabalho. Segundo ela, o envolvimento das cafeicultoras tem sido inspirador e 2024 marcou grandes avanços. “Elas estão investindo na melhoria da qualidade e, além do suporte técnico, estamos fortalecendo a comercialização, que sempre foi um desafio. O mais importante é ver o empoderamento e a valorização das mulheres do campo crescendo cada vez mais”, destaca.

E os resultados já aparecem! Cláudia Peixoto do Carmo, produtora de Dores do Rio Preto, afirma que o projeto trouxe a motivação que faltava para investir nos cafés especiais. “Aprendi muito sobre o café e consegui produzir um de 83 pontos. Hoje vendo café torrado e moído, algo que sempre sonhei. É uma realização”, conta.

Em Alto Rio Novo, Andressa Mafort levou o prêmio de melhor café Conilon na cidade, consolidando o conhecimento adquirido no projeto. “Eu entendi o que precisava ajustar na colheita, fermentação e torra. Foi o empurrão que faltava para assumir a produção da família e apostar nos cafés especiais”, compartilha Andressa.

Em novembro, o projeto brilhou na Semana Internacional do Café, em Belo Horizonte, participando de painéis e expondo a cafeicultura capixaba para o mundo. As cafeicultoras capixabas puderam comercializar seus produtos e trocar experiências com produtores de outros estados.

O Mulheres do Café continua até 2026, com novidades no horizonte: um concurso exclusivo de cafés especiais para mulheres, um roteiro turístico e uma unidade móvel que levará o projeto a mais regiões. As interessadas já podem se inscrever online ou diretamente nos escritórios do Incaper. A meta é chegar a mil participantes.

A cafeicultura capixaba nunca foi tão feminina – e isso é só o começo.

Fonte: Incaper

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