Tratos culturais corretos do tomate evita explosão de preços e redução de produção

O brasileiro é um grande consumidor de tomate. Em média, cada habitante consome 4,2 quilos do fruto por ano, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A produção, que se aproxima de quatro milhões de toneladas, atende perfeitamente às necessidades do país. Porém, como se trata de um fruto com vida útil relativamente curta, o tomate enfrenta um risco constante, que assombra os cerca de 50 mil produtores e os 212 milhões de consumidores: terríveis doenças e insetos podem causar a devastação total das plantações. Por isso, é necessário o uso correto de defensivos e tratos culturais.

“A redução séria da produção de tomate causaria não apenas falta desse alimento importante, mas prejuízos econômicos para o país – a atividade movimenta R$ 5,7 bilhões por ano. Além disso, levaria o Brasil a buscar o produto no mercado externo, tendo de importar para atender a necessidade de consumo interno. Num cenário de dólar alto, seria uma catástrofe, com aumento expressivo dos preços para os consumidores”, explica o presidente do Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Defesa Vegetal (Sindiveg), Julio Borges.

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E essa elevação de preços do tomate, salienta Julio Borges, não seria apenas para a compra do tomate in natura, mas também no custo de produção industrial de derivados, como molhos, sucos e ketchup. “Com a alta generalizada, todos os produtos que levam tomate enfrentariam disparada de preço. Estamos falando até da pizza, dos lanches e da tradicional macarronada dos domingos”.

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São diversos os vilões com potencial de dizimar completamente as áreas de cultivo de tomate no país, desde doenças como a requeima e septoriose e insetos como a mosca-branca e a mosca-minadora. Há, ainda, ervas daninhas com alto potencial destrutivo, como a tiririca, o capim-massambará, a grama-seda e o feijão-de-porco, com perdas médias de até 70%. Estes vilões, e diversos outros que o agricultor precisa enfrentar ao longo do manejo das suas lavouras, danificam as estruturas das plantas, levando-as à mais grave consequência: a morte.

“Para proteger a produção contra as doenças, insetos e plantas daninhas, que vão muito além da requeima e septoriose e que também ameaçam diariamente o tomateiro, é necessário realizar um amplo e eficaz controle desses detratores da produtividade. A ciência oferece hoje o que há de mais avançado em tecnologia de preparo adequado do solo, seleção de sementes, produtos biológicos e, ainda, de defensivos agrícolas que, usados de forma correta e segura, protegem o tomate e, ao mesmo tempo, não prejudicam a qualidade do fruto nem causam danos ao meio ambiente ou à saúde humana”, informa Eliane Kay, diretora executiva do Sindiveg.

Julio Borges explica que todas soluções de combate a pragas e doenças na agricultura registradas no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Ibama e Anvisa são testadas cientificamente e submetidas a um longo e rigoroso processo de avaliação, ao longo de alguns anos, antes de ter autorização para comercialização.

“Esse cuidado extremo garante o benefício desses insumos para quem planta, para quem comercializa e para quem consome. O setor de defesa vegetal dá, assim, sua contribuição para a sustentabilidade da produção de alimentos no país”.

PRODUÇÃO REGIONAL – Pouco mais da metade da produção brasileira de tomate está concentrada em dois estados: Goiás (29% e 1,1 milhão de toneladas) e São Paulo (23% e 918 mil toneladas). Minas Gerais participa com 13% do total: cerca de 550 mil toneladas. Há ainda significativa produção na Bahia (6%) e no Paraná (5,9%), que superam as 200 mil toneladas por ano. Espírito Santo (4,2%), Santa Catarina (4,1%), Ceará (4%), Rio de Janeiro (3,6%) e Rio Grande do Sul (2,7%) ficam acima de 100 mil toneladas ao ano. Os dados são do IBGE.

O Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Defesa Vegetal (Sindiveg) representa a indústria de produtos para defesa vegetal no Brasil há 79 anos. Reúne 26 associadas, distribuídas pelos diversos Estados do país, o que representa aproximadamente 40% do setor.

Fonte: Sindiveg

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