Ufes registra a sexta cultivar de café conilon

A Ufes obteve o registro no Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) da cultivar Plena, da espécie Coffea canephora Pierre ex A. Froehner. Trata-se da sexta cultivar de café conilon registrada pela Universidade desde o ano de 2017. 

Cultivados no município de Nova Venécia, os seis genótipos que compõem a cultivar (A1, AD1, Bicudo, L80, LB1, Peneirão) alcançaram uma produtividade média em seis colheitas de 108,91 sacas por hectare a cada ano, enquanto a média dos demais genótipos plantados na mesma área foi de 83,84 sacas. Todos os clones da cultivar estão disponíveis para os agricultores no campus da Ufes em São Mateus. 

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“Foram oito anos de pesquisa e seis de produção. Fizemos uma caracterização bastante ampla, envolvendo diversos colegas e instituições, para analisar os grãos, a produtividade, a qualidade da bebida, a arquitetura das plantas, a maturação, o rendimento, entre outros aspectos”, afirma Fábio Luiz Partelli, professor do Programa de Pós-Graduação em Agricultura Tropical e em Genética e Melhoramento da Ufes e diretor de Pesquisa da Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação (PRPPG/Ufes). 

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METODOLOGIA – O plantio foi composto por 42 genótipos propagados por estaca, sendo iniciado o cultivo em abril de 2014, a aproximadamente 200 metros de altitude. Para analisar a estabilidade e adaptabilidade dos materiais genéticos, foram utilizados dados de produtividade correspondentes às colheitas do período de 2016 a 2021. 

Além da produtividade, foram avaliadas outras características, como arquitetura da planta, substâncias químicas das folhas, grão e palha do fruto, análise sensorial da bebida, altura da planta, vigor e resistência a pragas e doenças, entre outras. 

Mesmo com a seca de 2015, que impactou a disponibilidade de água para irrigação e afetou principalmente a produtividade da segunda colheita, em 2017, os resultados foram positivos. Também não foi verificado ataque severo das principais pragas e doenças, com as plantas mantendo-se vigorosas e com bom enfolhamento. 

“Essa nova cultivar apresenta características desejáveis, sobretudo, a alta produtividade para as condições do norte do Espírito Santo, o que permitirá grande aceitação entre os cafeicultores”, afirma o professor. A recomendação é para cultivo em altitude inferior a 500 metros.

PARCEIROS – A pesquisa recebeu o apoio financeiro da Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Espírito Santo (Fapes) e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Também trabalhou no projeto uma equipe multidisciplinar, composta por pesquisadores e estudantes do Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes), da Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro (UENF), da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), além de outras instituições.

Fonte: Ufes

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