Uso de selante de teto promove uma redução de 48% dos casos de mastite em vacas

Um dos problemas recorrentes na produção leiteira é a incidência de mastite subclínica durante o período seco, que varia entre 45 e 60 dias entre uma lactação e outra. Este tipo de enfermidade é um dos maiores desafios enfrentados pelo setor e causa prejuízos significativos, sendo responsável por quase 70% das perdas na produção de leite.

Uma medida que vem para auxiliar os produtores a reduzir as perdas e prevenir as mastites é a adoção do uso de um selante de teto no período de secagem. Estudos apontam que ao adotar este manejo, de forma estratégica, é possível reduzir em até 48% os índices de mastites no rebanho, se comparado a animais tratados somente com antibióticos.

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O médico-veterinário Marcos Ferreira, gerente de Produto da UCBVET Saúde Animal, explica que após a secagem ocorre a formação do chamado “tampão de queratina”, uma barreira física produzida naturalmente pela vaca para proteção e que age contra a entrada de micro-organismos. No entanto, o tempo de formação do tampão de queratina pode variar entre uma ou duas semanas, sendo este um dos principais fatores de risco para a ocorrência de novas infecções intramamárias, pois o canal do teto fica aberto e sujeito a ação de agentes externos.

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“Cerca de 50% das vacas com alta produção permanecem com o canal do teto aberto por até seis semanas após a secagem. Por isso, uma forma ideal para proteger os tetos contra a ação desses agentes se faz com o uso de Mastizone Selante, que é uma estratégia de proteção similar à queratina produzida naturalmente pelas fêmeas. O produto age por ação mecânica, cria uma barreira no teto e impede a entrada dos micro-organismos, reduzindo drasticamente a incidência de infecções”, explica Ferreira.

A orientação do médico-veterinário é administrar o conteúdo de uma seringa (4g), em cada teto, imediatamente após a última ordenha da lactação e assepsia do teto. Além disso, o produtor precisa ficar atento, pois períodos secos maiores que 60 dias prejudicam a futura produção e trazem risco aumentado em 60% os casos de mastite. Já períodos inferiores a 45 dias impedem a regeneração da glândula mamária com risco de queda entre 12 e 15% na produção.

MANEJO DE SECAGEM – No final da lactação ocorre a involução da glândula mamária, evento fisiológico do animal. Porém, dependendo do potencial de produção de leite, deve-se adotar um manejo de secagem gradual, adotando medidas como: redução do consumo de concentrado e redução do número de ordenhas.

“O período seco prepara a vaca para a próxima lactação sendo necessário uma atenção ainda maior com relação a sanidade, nutrição, manejo, conforto e consumo de matéria seca. Estes fatores garantem o sucesso na fase de transição”, ressalta o médico-veterinário.

MASTITES E PREVENÇÃO – A mastite é a inflamação da glândula mamária, causada principalmente pela ação de bactérias, fungos e leveduras. O animal acometido apresenta queda na produção, tanto de forma quantitativa (litros de leite), como qualitativa (qualidade de leite), e ainda pode apresentar febre e apatia, o que afeta também o seu bem-estar.

A mastite se apresenta em duas formas: clínica e subclínica. Na forma clínica é possível observar alguns sinais como: presença de grumos no leite por meio de teste da caneca fundo escuro, inchaço, vermelhidão e dor na região dos quartos mamários e tetos. Já a forma subclínica os sinais não são visíveis, porém é possível notar a queda da produção do animal e a redução da qualidade do leite, identificada pela realização de testes CMT (California Mastitis Test).

Uma das formas de reduzir os gastos com a mastite é trabalhar na prevenção de novos casos da doença, adotando manejos dentro da fazenda, tais como: teste da caneca de fundo escuro, uso de pré-dipping e pós-dipping (desinfecção dos tetos antes e depois da ordenha), secagem dos tetos com papel toalha, higienização das mãos dos ordenadores e equipamentos de ordenha, assim como a adoção de linha de ordenha sendo fundamental para que as vacas doentes não contaminem as vacas sadias.

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