Sistema inovador reduz significativamente o tempo de secagem do café
Foto: Pixabay
A Dryeration, empresa brasileira pioneira no desenvolvimento de inovações tecnológicas para secagem de grãos, cereais, oleaginosas e sementes, anunciou o lançamento de um secador que realiza todo o processo de seca em menos de 24 horas, mantendo a qualidade original do grão que saiu da lavoura. O novo sistema permite que a área de contato com o fruto seja semelhante a um terreiro e inicia a injeção de volume de ar. Esse ar vai passando pelo café, que está estático, dentro do secador, fazendo com que o fluxo passe em todas as partes e seque toda a massa com homogeneidade.
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Além de permitir uma secagem uniforme, a agilidade com que o secador retira a umidade dos grãos e a leva para fora do secador, com a mesma rapidez, preserva a qualidade dos grãos. Cada equipamento tem capacidade para 20 mil litros/dia – em torno de 14 toneladas. “Estamos trazendo para o mercado um novo conceito e velocidade, reduzindo o tempo de secagem e eliminando muitos problemas de secagem, como chuva, infestação de insetos e queima de matéria seca”, pondera Otalício Pacheco da Cunha, especialista em sistema de secagem de grãos e fundador da empresa. Os primeiros estudos para o desenvolvimento de uma secagem diferenciada começaram em 2001, em Minas Gerais. “É um tempo curto, visto que a história do café tem bem mais de 1500 anos”, acrescenta.
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PRODUTIVIDADE – A secagem mais rápida da nova tecnologia beneficia, especialmente, os cafeicultores que querem volume de seca, liberando mais cedo a lavoura para os tratos culturais, como poda e pulverização. Um atraso na colheita derruba o botão floral. Quando chega no meio do ciclo e a planta já começa a soltar os botões florais, é sinal de menor produção para a próxima safra, porque um botão floral (pinha) que cai é um fruto a menos que produz. Evitar essa perda é melhorar a produtividade, ao tornar possível retirar o fruto da planta no melhor estágio de maturação, o processo inovador agrega maior perspectiva de ganho de valor agregado.
Em um comparativo realizado em testes que secou a mesma quantidade de café (mil sacos) nos dois sistemas, os grãos que passaram pelo sistema convencional, entre 7 e 10 dias, tiveram 12,3% de queima de matéria seca. “Isso quer dizer que, com o Cofee Dryer, são exatamente 123 sacos a mais para o produtor”, complementa Otalício Pacheco da Cunha. A partir do mês de abril, toda essa tecnologia embarcada estará operando em um município da região Nordeste Paulista.
Pioneirismo também em produção de sementes
Outra transformação no pós colheita do café é o secador entregar, ao cafeicultor, grãos que tanto podem ser industrializados como também podem ser plantados, como sementes, dependendo da opção do produtor, com todo vigor e matéria seca e sem perder a germinação. O oposto ao tratamento delicado que o fruto necessita atualmente, que envolve a despolpa, um período de lavagem, fermentação e ainda o processo de seca, normalmente feita em terreiro suspenso.
“É um trabalho imenso que é possível ser substituído. O nosso sistema possibilita ao produtor colocar o café direto da colheitadeira para o secador e, ao final da secagem, a semente estará viva e poderá ser diretamente plantada, eliminando várias etapas de trabalho e mantendo a qualidade que o grão tinha no pé. Sem queima da matéria seca e sem a perda de vigor”, resume Cunha. Ele explica que a tecnologia é semelhante à utilizada na cevada e acredita que, no futuro, poderá ser adaptada a outras sementes, como pimenta do reino, noz-pecã, caju e amendoim.
Texto: AgroUrbano Hub Comunicação
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